sábado, 25 de novembro de 2017

Brasília. Fórum por Direitos e Combate à Violência no Campo discute estratégias para o enfrentamento dos conflitos.

Fórum por Direitos e Combate à Violência no Campo discute estratégias para o enfrentamento dos conflitos
Foto: Antônio Augusto / Secom - PGR.
Casos relacionados a reintegração de posse, despejos forçados, abusos na condução de investigações e ameaças a defensores e defensoras de direitos humanos foram discutidos no encontro.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF), participou nessa quinta-feira (23) de reunião do Fórum por Direitos e Combate à Violência no Campo. Ao todo, mais de 30 participantes, entre representantes de organizações sociais e do poder público, debateram o atual cenário e propuseram estratégias articuladas. 

Os participantes relataram diversos casos de violência no campo relacionados a reintegração de posse, despejos forçados, abusos na condução de investigações e ameaças a defensores e defensoras de direitos humanos.

Para Deborah Duprat, procuradora federal dos Direitos do Cidadão, é necessário ampliar a atuação do Ministério Público na questão agrária e no campo. Nesse sentido, a procuradora destacou que a PFDC e o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) estão realizando o levantamento de todas as normativas internas e internacionais relativas ao tema de despejos forçados para que, eventualmente, possa servir de subsídio à atuação dos membros do Ministério Público e para a elaboração de resolução pelo CNDH. 

Durante o encontro, os participantes também estabeleceram a composição provisória dos grupos de trabalho (GT) do Fórum, divididos entre “Violência e Criminalização”, “Políticas Públicas”, e “Terra, Território, Água e Questões Socioambientais”.

Os participantes deliberaram, ainda, pela adesão à nota pública divulgada nessa semana pelo Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH). No documento, o Comitê manifesta preocupação com o atual cenário em Correntina (BA), sobretudo quanto à condução das investigações referentes às manifestações ocorridas neste mês, onde a população local questiona o poder público sobre a utilização indiscriminada da água do Rio Arrojado por empresas privadas ligadas ao agronegócio. 

O fórum também endossou a nota de repúdio emitida pelo Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), na qual a Coordenação critica a falta de representantes ministeriais do Estado Brasileiro durante a 165ª sessão de audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ocorrida no Uruguai em 23 de outubro. Segundo a nota, a ausência de representantes com condições políticas para dialogar com os quilombolas e as organizações de direitos humanos para adotar as providências necessárias evidenciou uma postura desrespeitosa por parte do Brasil e prejudicou o encaminhamento de demandas apresentadas pela sociedade civil à CIDH. 

Uma nova reunião do Fórum por Direitos e Combate à Violência no Campo está prevista para fevereiro de 2018.

Violência – De acordo com o relatório “Defender la Tierra – Asesinados globales de defensores/as de la tierra y el medio ambiente en 2016”, embora os conflitos agrários sejam um fenômeno global, 60% das mortes no campo em 2016 ocorreram na América Latina, sendo o Brasil o líder do ranking de assassinatos (49), seguido por Colômbia (37), Filipinas (28), Índia (16), Honduras (14), Nicarágua (11), República Democrática do Congo (10), Bangladesh (7), Guatemala (6) e Irã (3). 

Produzido pela Global Witnesss, organização internacional que avalia vínculos entre conflitos e a exploração de recursos naturais, pobreza e direitos humanos, o estudo destaca que o Brasil tem sido sistematicamente o país mais funesto para defensoras e defensores do meio ambiente e da terra. “Apesar do chocante e crescente número de assassinatos, o governo brasileiro tem, na verdade, diminuído a proteção a defensores ambientais", denuncia a Global Witness.

Assessoria de Comunicação e Informação - Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) - Ministério Público Federal - (61) 3105 6083/6943/6013 -
pfdc-comunicacao@mpf.mp.br.

Moniz Bandeira: patriota e anti-imperialista. Por Samuel Pinheiro Guimarães.

DIVULGACAO
Foto - Historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira
Luiz Alberto Moniz Bandeira dedicou sua vida ao Brasil e à luta contra o imperialismo. Sua vida e sua obra são testemunhos desta dedicação.

Foi jornalista desde jovem. Trabalhou no Correio da Manhã, no Diário de Noticias e na Última Hora. Como jornalista, teve a oportunidade de conviver e de entrevistar as mais diferentes personalidades brasileiras, entre elas Jânio Quadros, e estrangeiras, como Che Guevara. Assim desenvolveu a capacidade e o hábito de analisar e interpretar os acontecimentos e de procurar sobre eles se documentar.
Foi professor titular de História na Universidade de Brasília. Foi militante político da POLOP, preso, condenado e anistiado. Lutou na clandestinidade. Escreveu um de seus primeiros livros, "Presença dos Estados Unidos no Brasil", quando se encontrava preso.
O eixo de seu pensamento e de sua obra, de mais de 30 livros, traduzidos para o inglês, o alemão, o russo, o chinês e o espanhol, centenas, se não milhares, de artigos e de entrevistas, pode ser resumido em três palavras, os três desafios para o Brasil: desenvolvimento, democracia e soberania.
Três desafios profundamente entrelaçados e que não podem ser vencidos isoladamente.
"Em João Goulart: as Lutas Sociais no Brasil" e em seu livro sobre Jânio Quadros, Moniz Bandeira se apresenta como democrata convicto e autêntico e como um lutador pelo desenvolvimento do País, assim como em suas obras sobre a integração latino e sul-americana.
É em sua analise do imperialismo e das relações entre o Brasil e a potência imperial, os Estados Unidos, e sobre o império americano e sua ação, que se encontra sua principal contribuição como intérprete da realidade política e como historiador, imparcial e preciso, mas militante.
Luiz Alberto nos deixou. Sua obra sobrevive como guia e farol para todos aqueles que lutam por um Brasil mais justo, desenvolvido, democrático e soberano.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Egito. Ataque terrorista contra uma mesquita na Península do Sinai deixou mais de 230 pessoas mortas.


O Itamaraty publicou uma nota nesta sexta-feira prestando solidariedade ao Egito por conta do atentado terrorista em uma mesquita na Península do Sinai que matou mais de 230 pessoas.
A diplomacia brasileira expressou consternação com o atentado e condenou o ataque à mesquita nesta sexta-feira (30). 
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande consternação, do ataque terrorista, ocorrido hoje, contra mesquita em Al-Arish, na província do Sinai, no Egito, que deixou centenas de mortos e feridos", diz a nota.
"Ao expressar suas condolências às famílias das vítimas, seus votos de plena recuperação aos feridos e sua solidariedade ao povo e ao governo do Egito, o Brasil reitera veementemente seu repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo, independentemente de sua motivação”, destaca a nota publicada pelo Itamaraty. 
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro acrescentou que não foram registrados cidadãos brasileiros entre as vítimas do atentado terrorista. 
Terroristas detonaram uma bomba durante oração da sexta-feira na Península do Sinai e depois abriram fogo contra pessoas que saíam da mesquita. De acordo com os dados mais recentes, mais de 230 pessoas morreram e outras 130 ficaram feridas. 

Brasília. Especialistas alertam para aumento da violência nas escolas públicas.

Audiência pública sobe a violência nas escolas
Audiência pública da Comissão de Educação reuniu especialistas para debater violência nas escolas públicas e possíveis soluções a serem adotada.
Especialistas em educação fizeram um alerta nesta quinta-feira (23) sobre os diversos tipos de violência em sala de aula, que envolvem agressão contra professores, preconceito contra alunos, cobrança excessiva por alto desempenho escolar e ausência de diálogo entre escola e comunidade. O assunto foi discutido em audiência pública da Comissão de Educação da Câmara.
Em 57,5% das escolas públicas brasileiras, ao menos 2 professores relataram ter sofrido algum tipo de violência, na maioria, agressão verbal. Os dados são da pesquisa Prova Brasil que entrevistou diretores, alunos e professores do 5º e 9º anos do ensino fundamental em 2015.
"Chama muita atenção que esse percentual em 2013 era de 52%”, observou Caio Callegari, representante do movimento Todos pela Educação. Segundo ele, em um estudo realizado pela instituição em 2016, com 1500 jovens de 15 a 19 anos, a segurança no ambiente escolar foi apontada como o maior atrativo da escola, atrás da acessibilidade e da infraestrutura, sobretudo pelos alunos do Centro-oeste, Sul e Nordeste.
O mesmo estudo mostrou que a falta de segurança preocupa a maioria dos estudantes no Sul, Sudeste e Norte. "Uma parte do quebra-cabeça é a falta de integração entre as famílias e a comunidade com a escola. Têm de trazê-las para o debate, porque (a violência) é um problema que existe fora da escola. Não dá para fazer um trabalho em que a escola olhe só para o próprio umbigo", afirmou.
Callegari citou uma política pública bem-sucedida de integração da comunidade com a escola aplicada em Taboão da Serra (SP). "Ao levar os professores para a casa dos estudantes, para que eles conversassem com as famílias, e ao trazer as famílias para dentro da escola, para participar efetivamente das decisões escolares, o resultado foi a resolução de muitos conflitos domésticos e também de conflitos dentro da escola”, relatou.
A necessidade de reunir educadores e familiares em torno de assuntos polêmicos, como orientação sexual, foi destacada pela deputada Pollyana Gama (PPS/SP), que solicitou a audiência. Ela falou sobre sua experiência como professora. “Era importante ouvir essas famílias antes mesmo de apresentar o conteúdo na sala de aula. É algo que sempre orientei, ainda mais num momento em que a gente tem ainda muitos tabus a serem vencidos”, opinou.
Alto rendimento e discriminação
Já a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ângela Soligo, destacou o incentivo ao uso indiscriminado de remédios para aumento da performance escolar, como exemplo de violência contra crianças e adolescentes.
“No Brasil, o uso de Ritalina (psicoativo de tarja preta), só é menor do que nos Estados Unidos e o crescimento é exponencial: em dez anos nós tivemos um crescimento do consumo de mais de 700%. E muito desse consumo é aplicado no ambiente escolar”, alertou.
Segundo a pesquisa “Violência e Preconceitos na Escola” realizada pelo CFP entre 2013 e 2015, os alvos da violência são aqueles que sofrem preconceito dos colegas, professores e administração escolar.
“Verificamos, em especial, a presença de preconceitos racial, de gênero, de orientação sexual e, no Norte, contra os indígenas”, disse Ângela Soligo. “Uma outra coisa é a presença de todas as formas de violência: física, verbal, isolamento e descriminação”, continuou.
Ainda segundo a psicóloga, os alunos denunciam a ausência de diálogo com a direção das escolas e os coordenadores pedagógicos, o que, em sua visão, resulta em uma política de “silenciamento”. "Eles querem ser ouvidos (os estudantes) e denunciam a omissão da escola", assinalou a especialista.

Reportagem - Emanuelle Brasil - Edição - Geórgia Moraes.

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Anapurus. Prefeitura está há dois meses sem pagar os salários dos aposentados.

Aposentados reivindicam seus salários em atraso à Prefeitura de Anapurus



Os aposentados do município de Anapurus não tiveram o que comemorar nos últimos dois meses. Atrasos de salários, desrespeito do poder público municipal com os aposentados é a marca da administração da atual prefeita.

Na manhã dessa quarta-feira, 22, um grupo de pessoas se dirigiram ao IPA de Anapurus, para protestarem sobre o atraso no pagamento salarial dos aposentados.

A reivindicação era uma só: o pagamento de todo o funcionalismo em atraso.


“Estamos mais uma vez aqui presentes, para, mais uma vez, registrar nossa indignação por conta do atraso do pagamento. É muito triste a situação na qual os aposentados se encontram. Só vamos sair quando a senhora PrefeitaVanderly vier falar conosco. Porque alguém precisa tomar uma atitude para resolver essa situação desagradável. Os aposentados merecem respeito”, disse D. Maria.

Este blog deixa aberto o espaço para publicação do contraditório da prefeitura de Anapurus.

Encontro Putin/Assad: Começo do fim da dominação dos EUA no Oriente Médio?

Foto - Putin e Assad.
23/11/2017, Tom Luongo, Zero Hedge.

Não sou homem terrivelmente religioso. Mas gostaria de acreditar que haja um canto especial no inferno reservado para os que fomentaram a Guerra na Síria.

Desde o início da guerra síria, na Líbia, com as armas encaminhadas através da embaixada dos EUA em Benghazi, até o encontro de ontem, entre o presidente da Rússia Vladimir Putin e o presidente da Síria Bashar al-Assad, todo esse affair será lembrado como um dos períodos mais cínicos, violentos e abusivos da história da humanidade.



A chamada ‘Guerra Civil’ síria [nunca foi guerra civil: sempre foi guerra lá implantada] foi promovida para ser a culminância dos sucessos das políticas de EUA/Israel/Sauditas no Oriente Médio, a apoteose do neoconservadorismo.


Se aquela política tivesse sido bem-sucedida teria transformado o mundo num inferno ardente governado por gente como Hillary Clinton, George Soros, Angela Merkel e o cartel da banqueiragem EUA/Grã-Bretanha.

Síria deveria ter sido a cunha que escancararia não só o Oriente Médio, mas também a Ásia Central. Poria fim à ressurgência da Rússia como potência mundial e subjugaria a Europa, metendo-a num pesadelo sem fim de assimilação cultural forçada e bancarrota completa dos EUA, para pô-los em linha com o fracassado projeto de integração europeia.

Tratados supranacionais como as Parcerias Trans-Pacífico [ing. TPP] e Transatlântica de Comércio e Investimento [ing. TTIP] e o Acordo de Paris foram concebidos para criar uma supraestrutura indiferente a qualquer apoio do povo, exatamente os mais afetados por eles.

No discurso crucial do presidente Vladimir Putin à Assembleia Geral da ONU dia 28/9/2015, a oposição ao projeto dos EUA foi afinal expressa nos termos mais claros e fortes e, francamente, nos termos mais assumidamente humanistas que seria possível imaginar. Lembro as partes mais importantes daquela fala histórica, no que se relaciona à Síria.

“Nessas circunstâncias, é atitude hipócrita e irresponsável pôr-se a fazer ‘declarações’ sobre a ameaça do terrorismo internacional, ao mesmo tempo em que os mesmos ‘declarantes’ fingem que não veem os canais por onde caminha o dinheiro que financia e mantém terroristas, inclusive o tráfico de drogas e o comércio ilícito de petróleo e de armas. Também é igualmente irresponsável tentar ‘manobrar’ grupos extremistas e pô-los a seu próprio serviço para que ‘colaborem’ na busca de objetivos políticos só dos supostos ‘manobradores’, na esperança de “negociar com eles” ou, dito de outro modo, sob a certeza de que, “depois”, poderão matá-los facilmente.

Aos que têm procedido assim, gostaria de dizer: “Caros senhores, não duvidem: os senhores estão lidando com gente dura e cruel, mas não são pessoas ‘primitivas’ ou ‘atrasadas’. São exata e precisamente tão espertos quanto os senhores. Na relação com eles, ninguém jamais saberá quem manipula quem. Perfeita prova disso está nos dados recentes sobre destino final do armamento doado àquela oposição suposta “moderada”.

Os russos acreditamos que qualquer tentativa de ‘jogar’ ou ‘brincar’ com terroristas – e de armar terroristas, então, nem fala! – não é só comportamento de pessoas sem visão, mas é criar pontos de alto risco de fogo, do tipo que iniciam grandes incêndios. É comportamento que pode resultar em aumento dramático na ameaça terrorista, e que se alastre para outras regiões – dado, especialmente, que o Estado Islâmico reúne em seus campos de treinamento militantes de muitos países, inclusive de países europeus.

Na verdade, todo o discurso merece ser relido. É impressionante reflexão e evidência de que Putin, normalmente homem reservado e de poucas palavras, sim, abriu completamente o jogo, expôs todas as suas cartas sobre a mesa e acusou diretamente os EUA por terem declarado guerra a todos os povos do mundo.

E 48 horas depois os jatos Sukhois já sobrevoavam a Síria bombardeando alvos que se opunham ao governo sírio legítimo, o que abriu caminho para várias sucessivas importantes vitórias militares do Exército Árabe Sírio. Pouco depois, uma coalizão formada em torno do governo de Assad, já reunia a Guarda Revolucionária Iraniana, o braço armado do Hezbollah libanês e o apoio financeiro e moral tácito dos chineses.

Putin disse a quem quisesse ouvir, na ONU: “Chega. Agora, basta.” Na sequência, ofereceu ações que completaram a significação das palavras. A guerra é sempre lastimável. Quase nunca é justificada. Mas, quando se tem de enfrentar inimigo implacável, pouco resta a fazer senão dar-lhe combate.

Pela minha avaliação, as forças conservadoras que comandavam as decisões de fazer guerra contra Assad eram esse tipo de inimigo implacável.

Fim de ‘Assad tem de sair’ by Killary
Com o movimento de Putin, iniciou-se o processo para desmontar e desmascarar a narrativa falsa, cuidadosamente construída, da qual o mundo ouviu falar sob o rótulo de ‘guerra civil síria’.

Mas chega de história.

A Síria sobreviveu como unidade política. Ontem, Putin apresentou Assad aos comandantes militares mais diretamente responsáveis pela estabilização da Síria.

A velha guarda da Arábia Saudita está presa, perdeu quantidades astronômicas de dinheiro e continua a perder influência pelo mundo, mais a cada minuto. O governo neoconservador de Israel liderado por Benjamin Netanyahu, o alucinado, reclama impotente ante o desenrolar dos eventos, e, claro, os terroristas do ISIS foram varridos dos dois países, Síria e Iraque.

Os EUA continuam a mentir mentiras diferentes, uma para cada interlocutor, dando fuga a alguns terroristas do ISIS, na esperança de voltar a usá-los, presumivelmente contra Irã e/ou Líbano, ao mesmo tempo em que se autoatribui supostas glórias da derrota do ISIS e da libertação de Raqqa.

A situação lastimável em que se veem os EUA é reflexo das questões de fundo jamais equacionadas e que consomem as gigantescas comunidades diplomática, militar e de inteligência dos EUA e das dificuldades que o presidente Trump enfrenta para reorganizar esses grupos que não se entendem nem internamente nem externamente, sem se mostrar fraco ou ineficaz.

Basta considerar o estranho evento durante o fim-de-semana, de helicópteros militares pousando no quartel general da CIA em Langley, para saber que, no mínimo, há uma guerra interna em andamento dentro do governo dos EUA.

A melhor explicação que ouvi (e não há absolutamente prova alguma) é que militares norte-americanos agiram e aplicaram um show de força contra os obamistas dentro da CIA que continuam a manobrar terroristas que mantêm a serviço deles na Síria. E que aquelas operações estão em oposição direta aos objetivos militares dos EUA naquela região.

Se for esse o caso, Putin acerta ao simplesmente ignorar os EUA e fazer andar adiante as conversações políticas em ritmo acelerado, ignorando as conversações de Genebra e dando a Assad todo o apoio de que precisa para continuar como presidente da Síria, no caso de ser eleito pelo voto dos sírios.

Dado que Assad conta com integral apoio de seus militares, e considerando-se o modo como as forças sírias conduziram em campo a guerra contra os terroristas do ISIS e outros grupos separatistas, não há dúvidas de que Assad receberá o indispensável apoio dos eleitores sírios nas próximas eleições.

Não se verá regozijo de Putin
Mas a grande questão é que preço os EUA terão de pagar pela sua participação em tudo isso. Putin de modo algum porá Trump em situação difícil. A desmoralização dos EUA já aconteceu no plano internacional.

A cumplicidade do governo Obama nesse vergonhoso capítulo da história dos EUA no Oriente Médio já está praticamente exposta, nua e crua, aos olhos de quem abra os olhos e queira ver.

Putin oferecerá uma saída honrosa a Trump, deixando que toda a culpa recaia sobre Obama, Clinton, McCain e o resto da gangue. Só quem não queira ver não verá a conexão entre esse movimento e o fim sem glória da investigação de Robert Mueller sobre o affair ‘Russia-Gate‘. Mueller está tentando alucinadamente salvar todos os implicados dentro dos EUA, de processo em que serão fatalmente acusados de crimes de alta traição. Mas tenho esperança de que tudo, no cenário político dos EUA, esteja à beira de mudar radicalmente.

Tão logo o juiz Roy Moore vença as eleições no Alabama* e assuma sua cadeira no Senado (pesquisas mostram que a probabilidade de isso não acontecer aproximam-se de zero), Trump terá maioria na Câmara e no Senado para ficar imune a impeachment. Então poderá mandar Mueller para o chuveiro, ou forçá-lo a negociar.

Assim, Trump ganha a oportunidade de aparecer como o grande pacificador. Pode melhorar sua posição como homem capaz de administrar os piores atores que Arábia Saudita e Israel puseram em cena, e mantê-los sob rédea curta.

Na verdade, pode-se até supor que o expurgo na Arábia Saudita tenha também a ver com o rearranjo das relações com a Rússia de Putin. O contragolpe comandado por Mohammed bin Salman aconteceu com as bênçãos de Trump.

Putin pode agir do mesmo modo, para afastar suspeitas quanto a intenções do Irã e do Hezbollah. Também pode impedir que Assad decida retaliar contra seus inimigos – retaliação que é mais que justificada –, em nome de construir uma paz duradoura. E tão logo as conversações estejam concluídas, e superado o risco de independência curda, a Turquia retirará da Síria as suas tropas.

Putin telefonou a Trump no início da semana, para atualizá-lo sobre o que virá a seguir. É óbvio que os dois mantêm contato ativo sobre como as coisas estão andando na Síria. E Trump, por sua vez, espertamente deixou para Putin o serviço de faxina final, enquanto ele lida com seus problemas neoconservadores domésticos.

Aconteça o que acontecer depois – ou fixam-se as linhas gerais para uma paz duradoura, ou se configura um difícil cessar-fogo, com a Rússia fazendo o trabalho de intermediário, pelo menos por hora –, os EUA já perderam toda a credibilidade na região, exceto em Riad e em Telavive.

E, disso, os únicos culpados somos nós mesmos.*****

* Haverá uma eleição especial no estado do Alabama para eleger novo senador, marcada para 12/12/2017. A eleição especial é prevista por lei, necessária para escolher quem substituirá o ex-senador Jeff Sessions e completará o mandato dele, até 3/12/2021. O ex-senador Sessions renunciou ao Senado em fevereiro de 2017 para assumir o cargo de U.S. Attorney General. O governador do Alabama Robert J. Bentley escolheu Luther Strange, ex-Advogado Geral do Alabama, para substituir Sessions no Senado até a data marcada para a eleição especial. Embora tivesse poderes para marcar uma eleição em 2017, Bentley decidiu fazer coincidir a eleição especial e a eleição geral de 2018. Mas a sucessora dele no governo do Alabama, Kay Ivey, mudou a data para 12/12/ 2017, agendando a primária do Estado para 15 de agosto e o segundo turno para 26 de setembro [NTs, com informações de Wikipedia] .

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Maranhão. João Batista dos Santos acusado de feminicidio e preso pela Polícia Civil.

Foto do Acusado João Batista dos Santos.

No ultimo dia 20 de novembro, a equipe de captura da Superintendência de Homicídios e proteção à Pessoa da SHPP por meio do Departamento de Feminicídio capitaneado pela Dpc Viviane Azambuja, acaba de prender João Batista dos Santos no bairro Nova República.

O mesmo é acusado de matar a ex esposa Domingas Ladyelle Maciel, técnica em Enfermagem, no bairro do Bom Jesus. João Batista dos Santos foi levado à SHPP onde será autuado pelo crime de Feminicídio.

Circula hoje no whats app um texto questionando a João.

E agora, João?
Resolveu alguma coisa? Valeu a pena, se revelar um monstro?
Assassino cruel da ex-mulher, a técnica de enfermagem Domingas Ladyelle, João Batista Santos confessou o crime, alegando que a vítima mantinha "outro relacionamento afetivo", mesmo estando os dois separados.
Já está na cadeia o homem acusado de matar a ex-mulher Domingas Ladyelle Maciel, técnica em enfermagem, à facadas, no último dia 16, dentro de sua própria casa, no bairro do Bom Jesus, Coroadinho. João Batista Santos, que não aceitava o fim do casamento de 16 anos, era separado da vítima, há 3 meses, premeditou todo o crime, que resultou no desfecho cruel.
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A vítima Domingas Ladyelle.
A PRISÃO - A prisão foi feita após a polícia receber denúncias anônimas informando a localização de João Batista no bairro Vila Nova República, zona rural de São Luís. 
Segundo as investigações, o homem deferiu cerca de 49 facadas contra a vítima no interior da casa onde a mesma residia. Após o crime, João Batista se evadiu do local.
RÉU CONFESSO - Na sede da Superintendência de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), o acusado confessou o crime, alegando que a vítima mantinha outro relacionamento afetivo, mesmo estando os dois separados. 
João Batista foi autuado pelo crime de Feminicídio e posteriormente encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Com informações do whats-app e  Coroadinho-on-line.