domingo, 15 de outubro de 2017

UFMA. Sediará nos dias 24 e 25 de outubro seminário sobre "Comunicação e Poder no Maranhão".

O Referido Seminário esta sendo organizado por militantes sociais ligados a comunidade acadêmica, sindicatos, entidades religiosas  e também aos movimentos sociais.

Foto - SEMINÁRIO COMUNICAÇÃO E PODER NO MARANHÃO.
SEMINÁRIO

COMUNICAÇÃO E PODER NO MARANHÃO
  
Dias: 24 e 25 de outubro.

Local: Auditório Central da UFMA.

Organização:

·         Jornal Vias de Fato;
·         Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço-MA),
·         Coletivo Nódoa,
·         Apruma SS,
·         Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão,
·         CSP-Conlutas,
·         Sindicato dos Bancários,
·         Blog Buliçoso,
·         Movimento de Defesa da Ilha de São Luís,
·         Carabina Filmes,
·         Casa 161 (residência artística).


Dia 24/10 - Terça-feira.

8h – Credenciamento

8h e 30 - Abertura da exposição fotográfica: “Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que somos sementes”, da Teia de Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão.

9h e 30min - Saudação dos organizadores.

10h - Mesa de debate com o tema: Mídia empresarial, concentração de poder, patrocínio governamental e cooptação da imprensa.

Mediadora:
- Flávia Regina Mello – Jornalista, trabalhou em TV e jornal. Fez assessoria no setor público e privado. Foi Secretária de Estado da Comunicação no Maranhão. Foi uma das fundadoras da Revista Parla. Hoje edita o Blog Buliçoso.

Debatedores:
- Gustavo Gindre - Jornalista e integrante do Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes) de São Paulo. Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual. Foi membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

- Gil Quilombola – É um dos articuladores do Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom). Em 2012, recebeu, no Rio de Janeiro, o Prêmio João Canuto de Direitos Humanos, entregue pelo Movimento Humanos Direitos (MHuD).

- Emilio Azevedo – Jornalista, autor de livros-reportagem. Em 2006, em São Luís, foi um dos organizadores do Vale Protestar, movimento que associou teatro popular e comunicação alternativa. Foi um dos fundadores do Vias de Fato.

14h - Sorteio de livros.

14:30 - Mesa de debate com o tema: Participação social, orçamento público e democratização da comunicação.

Mediador:
- Cláudio Mendonça - É professor do Colégio Universitário (Colun/UFMA) e atual diretor de relações sindicais da Apruma, o sindicato dos professores da Universidade Federal do Maranhão.

Debatedores:
- Claudia Santiago – Jornalista e historiadora, integra a coordenação do Núcleo Piratininga de Comunicação (Rio de Janeiro), instituição que é referência no estudo da comunicação popular e sindical, no Brasil.

- Wagner Cabral da Costa – Historiador, professor da Universidade Federal do Maranhão, pesquisador da estrutura oligárquica maranhense. Foi presidente da Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos (SMDH).

- Saulo Arcangeli – É sindicalista. Um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU do Maranhão (Sintrajuf) e membro da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular.

19h - Exibição de filmes:

·         Tocar fogo no mudo – linchamento Gamela, de Andressa Zumpano, Ana Mendes e CIMI.

·         Em busca do bem viver.  Murilo Santos, com produção das Pastorais Sociais.  

  
Dia 25/10 - Quarta-feira.

8h - Sorteio de livro

9h - Oficina. Esta oficina será realizada por dois jornalistas, Caio Castor e Pedro Ribeiro Nogueira, da Agência Pavio (São Paulo). 

Será uma atividade voltada para vídeos reportagens (inclusive com o uso do celular), utilizando teorias e técnicas do cinema popular, do jornalismo de guerrilha e do documentário; com o objetivo de fortalecer o surgimento de novas/os comunicadoras/os populares, ajudando a desconstruir a figura vertical do comunicador, propondo a ação audiovisual como ferramenta de mobilização e transformação social.

14h - Sorteio de livros.

14h e 30 min - Mesa de Debate com o tema: Os desafios de uma comunicação popular.

Mediadora – Marivania Furtado – Cientista social e professora. É coordenadora do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (LIDA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Coordenadora da Licenciatura Intercultural Indígena.

Debatedores:
- Rosenilde Gregório (Rosa) – É Quebradeira de Coco, foi uma das fundadoras do Movimento Interestadual das Quebradeira de Coco Babaçu (MIQCB) e hoje faz parte da coordenação desta organização. Na década de 1980, esteve entre as primeiras mulheres a entrar no sindicalismo rural do Maranhão, se impondo diante do machismo vigente.

- Kum`tum Akroá Gamela – Agente pastoral, foi coordenador da Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA). Indígena Gamela, vive hoje, novamente na Baixada maranhense, lutando ao lado do seu povo, pela retomada das terras que lhes foram roubadas.

- Pedro Ribeiro Nogueira - Jornalista, foi um dos fundadores da Agência Pavio (São Paulo). Trabalhou, entre outros, para o Portal Terra, Plataforma Cidades Educadoras, jornal Le Monde Diplomatique e nas revistas Sem Terra e Caros Amigos.

- Ed Wilson Araújo – Jornalista e professor do Curso de Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). É o atual presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias no Maranhão (Abraço-MA).

18h - Leitura da carta do I Seminário de Comunicação e Poder no Maranhão.

Inscrição para monitoria: (98) 98408-8580 (zap)

Apoio Pedagógico:

- Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Lutas Sociais, Igualdade e Diversidade (LIDA) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Núcleo Piratininga de Comunicação (Rio de Janeiro) e

- Sociedade Maranhense de Mídia Alternativa e Educação Popular Mutuca.

Apoio:
       Cáritas Brasileira,
·         Conselho Indigenista Missionário (CIMI),
·         Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA,
·         Comissão Pastoral da Terra (CPT-MA),
·         GEDMMA (UFMA),
·         GEPES (UFMA),
·         Irmãs de Notre Dame,
·         Justiça nos Trilhos,
·         MIQCB,
·         MOQUIBOM,
·         NERA (UFMA),
·         NURUNI (UFMA),
·         Observatório de Experiências Expandidas em Comunicação (ObEEC/UFMA),
·         QUILOMBO URBANO,
·         Rádio Boa Notícia (Balsas),
·         Rede Amiga da Criança,
·         SINASEFE/MARACANÃ,
·         SINASEFE/MONTE CASTELO,
·         SINDSALEM,
·         SINDSEP,
·         SINTSPREV.

Coordenação Executiva:
Andressa Zumpano, Ed Wilson Araújo, Igor de Sousa, Leandro Augusto dos Remédios Costa, Rejane Silva Galeno, Taynara Castelo Branco.



Deputado Wellington apresenta proposta de prevenção e combate às queimadas no Maranhão.


O deputado estadual Wellington do Curso (PP) apresentou, na Assembleia Legislativa do Maranhão, proposta que tem por objetivo prevenir e combater as queimadas no Maranhão. 

A solicitação do deputado Wellington foi motivada por denúncias de maranhenses que passaram por rodovias e puderam constatar que as queimadas caracterizam as vias do Maranhão, vez ou outra.

Ao justificar a solicitação, Wellington, que é membro do Parlamento Amazônico, destacou a necessidade de ações conjuntas.

"Para combater as queimadas, não basta que o município, Estado ou União aja de forma isolada. É necessário que se articulem ações conjuntas, de prevenção e combate. Por isso, encaminhamos a proposta, a fim de que os entes atuem de forma efetiva. 

O Governo do Estado precisa agir e, assim, evitar que as rodovias continuem tendo as queimadas como realidade, já que com isso, temos uma perda significativa tanto na flora quanto na fauna", pontuou Wellington.

Texto: Ascom/ Dep. Wellington do Curso.

O Brasil nas mídias sociais, por Rodrigo Dora.

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Nas vilas do Pará, nas profundezas da floresta amazônica, a água tratada é um luxo e estradas pavimentadas são poucas e muito distantes entre si. 
Facebook, no entanto, é uma realidade muito perto. Um dado expressivo dessa realidade surge com o fato de que no início do ano ficou demonstrado o quanto as redes sociais tornaram-se o canal escolhido até mesmo para que grupos indígenas que lutam contra a construção da usina hidrelétrica ao longo do rio Xingu desabafassem suas frustrações. Ou seja, como a mídia social é um instrumento essencial para todos os grupos sociais. O “Xingu Vivo” – página no Facebook, registrou suas queixas contra o projeto, mantendo os ativistas da luta a par dos acontecimentos, bem como das suas posições.
Hoje, em tempos de ilusão de que não há censura no país, a mídia social é uma instituição excepcionalmente democrática no Brasil. Enquanto o país ainda preserva uma notória, expressiva e profunda divisão entre ricos e pobres, os telefones móveis conseguem dar às comunidades urbanas carentes e até mesmo nas remotas áreas rurais o acesso a sites de redes sociais. Além disso, o potencial de crescimento desse setor continua forte, tendo em vista haver apenas 23% desse público utilizando smartphones e as quatro maiores operadoras do país lançaram o mais moderno serviço de 4G apenas no início do verão do ano passado (2012), ou seja, perto de dezembro.
O Brasil já conta com mais de 65 milhões de usuários do Facebook, perdendo apenas para os EUA, sendo também vice-líder no consumo do Twitter (com 41,2 milhões de tweeters) e o maior mercado fora os EUA do YouTube.  Assim, no país mais populoso da “América do Sul”, o Brasil, também emergem as mídias sociais. Setenta e nove por cento dos usuários de Internet no Brasil (cerca de 78 milhões de pessoas) estão agora em mídias sociais, de acordo com um relatório de analistas eMarketer, com as taxas de adesão se aproximando rapidamente as dos EUA.
Ao que tudo indica, o Brasil está apenas ajustando suas passadas. O tempo médio gasto no Facebook entre os brasileiros aumentou 208 por cento no ano passado, indo para 535 minutos por mês. Em comparação, o uso global diminuiu 2 por cento durante o mesmo período no mundo. Dessa forma, com a saturação de mídia social nos EUA e na Europa e com os chineses restritos por seu grande Firewall (sem acesso legal ao Twitter e Facebook), com Índia ainda relativamente em estágios iniciais da revolução da Internet, o Brasil, entre os BRICS, aparece como a capital de “social media”.
O governo, através dos recentes planos, tem liderado um esforço progressivo para ampliar o acesso à Internet em todo o país, resultado este expressado pelos quase 100 milhões de brasileiros com acesso a internet. Nesta toada, estima-se que até 80 por cento da população terá acesso à Internet em 2016. Curiosamente, a maior parte do tempo on-line do brasileiro (36%) é gasto em mídias sociais.
A publicidade digital, no entanto, permanece em sua infância no Brasil, sendo apenas 10% do mercado de publicidade, enquanto no resto do mundo abrange 20%. As grandes marcas já se atentaram a esse fato e têm lançado campanhas agressivas no Facebook para capitalizar sobre a influência das mídias sociais, acumulando alguns milhões de seguidores poucos meses. Isso reforça a previsão de que o país deverá aumentar os gastos com anúncios em mídias sociais em US $ 5,6 bilhões no próximos três anos, mais do que a Índia , a Rússia ou a Indonésia por exemplo.
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Fontes consultadas:

sábado, 14 de outubro de 2017

São Luís. Flávio Dino quer transformar área de praça do Anel Viário em pista de skate, os pais de família que la trabalham que se virem.


Texto de Altere Bernardino.
Depois de terem suas barracas interditadas pela Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros Militar, os comerciantes instalados na área de uma praça do Anel Viário foram pegos de surpresa na última sexta-feira, (13), com a notícia que procurem outro local para trabalharem, pois ali será construída uma pista de skate por determinação do governador Flávio Dino.

O anúncio foi feito pelo subprefeito do Centro Histórico Fábio Henrique Carvalho, que se apresentou como representante da Blitz Urbana, durante uma reunião com os comerciantes. Na ocasião, ele convocou uma reunião com os vinte e um (21) barraqueiros que trabalham na área, marcada para a próxima terça-feira, (17), na sede da Bliz Urbana.

Questionado sobre um projeto de reurbanização do Anel Viário que existiria na Prefeitura de São Luís, Fábio Henrique afirmou de maneira enfática que “o governador mudou tudo”. Os comerciantes indagaram como ficaria a situação deles para continuarem trabalhando, o auxiliar da prefeitura disse que cada um procurasse um local em uma feira ou mercado de sua preferência, que o governo disponibilizaria a instalação dos mesmos.

Fábio Henrique falou ainda que a medida estava sendo tomada diante de reclamações sobre o local ser um ponto de comercialização de drogas, prostituição, entre outros casos. “Então o governador deveria mandar fechar muitos outros locais, pois é do conhecimento do povo e das autoridades que fazem vista grossa para determinadas localidades, onde existem registro de casos piores”, reagiu uma comerciante.

Mais adiante Fábio Henrique deixou claro que as autoridades de segurança já tinham a intenção de lacrar o local, e citou como um dos últimos exemplos o homicídio cometido por um motorista contra um taxista, há mais de uma semana, cujo motivo foi a desavença entre ambos por disputa de passageiros, conforme foi amplamente noticiado.

“Com essa atitude o governo está tirando o nosso trabalho, o pouco que ganhamos para o sustento de nossas famílias”, conforme desabafou a comerciante Maria de Jesus e acrescentou : “vão colocar aqui um monte de garotões e até marginais mesmo, podendo piorar mais a situação, no que se refere a violência, roubos, consumo e venda de drogas, e quem sabe lá até estupros”.

A conclusão é que todos os presentes ficaram insatisfeitos com o que foram informados, mas concordaram em participar da reunião para a qual foram convidados, mas procuraram deixar patente que irão lutar para garantir seus trabalhos. “Nós não podemos é ficar sem saber para onde ir, sem trabalho, e aumentar mais o contingente de pessoas desempregadas e sem renda para o sustento de nossas famílias”, finalizou um comerciante insatisfeito, completando que “iremos buscar a ajuda das autoridades, da imprensa e de quem mais for necessário”.     

Link: Comerciantes da praça do Anel Viário pedem ajuda aos políticos e a imprensa. https://maranauta.blogspot.com.br/2017/10/comerciantes-da-praca-do-anel-viario.html

UNICEF: homicídios de adolescentes batem recorde; Nordeste registra índices mais altos de violência.

Imagem capturada de vídeo: Allan.
ONU
Em municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, a taxa de assassinatos de jovens chegou a 3,65 por mil adolescentes — ou seja, para cada mil adolescentes que completam 12 anos, mais de três são vítimas de homicídios antes de chegar aos 19 anos. Se nada mudar, 43 mil jovens poderão ser mortos até 2021.
No Nordeste, o índice é de 6,5, número que representa um aumento maior que o dobro desde 2005. Dados são do Índice de Homicídios na Adolescência 2014, divulgado nesta semana pelo UNICEF e parceiros.
Em municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, a taxa de assassinatos de jovens chegou a 3,65 por mil adolescentes — ou seja, para cada mil adolescentes que completam 12 anos, mais de três são vítimas de homicídios antes de chegar aos 19 anos. Divulgado nesta semana pelo Índice de Homicídios na Adolescência 2014 (IHA), o número é o mais alto já registrado pela pesquisa, elaborada desde 2005. 
Levantamento alerta para a situação do Nordeste, que concentra sete das dez capitais brasileiras mais perigosas para a juventude.
Realizado pelo governo brasileiro em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o estudo alerta que, se as condições que prevaleciam em 2014 não mudarem, 43 mil adolescentes poderão ser mortos, entre 2015 e 2021, nos 300 municípios analisados. 
A estimativa diz respeito somente às cidades com mais de 100 mil habitantes. O IHA é calculado para cada grupo de mil pessoas entre 12 e 18 anos.
Fortaleza tem o maior índice, com 10,94 homicídios para cada grupo de mil jovens na faixa etária visada pelo relatório. Na lista com as dez capitais mais violentas, a cidade é seguida por Maceió (9,37), Vitória (7,68), João Pessoa (7,34), Natal (7,10), Salvador (6,87), São Luís (6,68), Teresina (6,59), Belém (5,32) e Goiânia (4,76). As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo ocupam, respectivamente, a 19ª e a 22ª posição entre as capitais, com IHAs 2,71 e 2,19.
Segundo a pesquisa, em quase todos os estados do Nordeste, com exceção de Pernambuco, há pelo menos dois municípios com índices superiores a 6. A região apresenta o IHA médio mais elevando — 6,5. Se a situação não melhorar, 16,5 mil jovens nordestinos poderão ser mortos de 2015 a 2021.
O cenário alarmante é sintoma do acúmulo de altas no IHA regional — de 2005 a 2014, a taxa do Nordeste passou de pouco menos de 3 para quase 7. A segunda região mais violenta do Brasil, o Norte, tem um índice de homicídios contra adolescentes de 3,9.
Desde 2012, o número dos adolescentes entre 12 e 18 anos morrendo por agressão é proporcionalmente mais alto do que do resto da população brasileira — 31,6 para cada 100 mil adolescentes em 2014 comparados com 29,7 para cada 100 mil pessoas no geral.
“O que temos visto hoje no Brasil é que a falta de oportunidades tem determinado cruelmente a vida de muitos adolescentes”, afirma a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.
“Enquanto o Brasil nas últimas décadas conseguiu reduzir a mortalidade infantil significativamente, o número de mortes entre os adolescentes cresceu de uma maneira alarmante. É primordial que o país valorize melhor a segunda década de vida e dê à adolescência a importância que ela merece”, acrescentou a especialista.
As mortes de crianças menores de 1 ano foram reduzidas de 95.938, em 1990, para 37.501, em 2015. Durante o mesmo período, o número de adolescentes de 10 a 19 anos assassinados aumentou de 4.754 para 10.290, segundo o DATASUS.
O IHA é elaborado em parceria entre o UNICEF, o Ministério dos Direitos Humanos (MDH), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ). Acesso ao relatório sobre 2014 clicando aqui.

Questão racial e de gênero

Os cálculos do IHA também abordam parâmetros de gênero, cor, idade e meio utilizado no homicídio. Em 2014, os adolescentes do sexo masculino tinham um risco 13,52 vezes superior ao das adolescentes do sexo feminino, e os adolescentes negros, um risco 2,88 vezes superior ao dos brancos. As chances de ser morto por arma de fogo é 6,11 vezes maior do que por outros meios.
Outro estudo conduzido pelo UNICEF, em colaboração com a Assembleia Legislativa do Ceará e o governo do estado, traz uma análise de homicídios ocorridos em Fortaleza e em outros seis municípios cearenses, com conclusões semelhantes. As vítimas eram, na maioria, meninos (97,95%) e negros ou pardos (65,75%), moradores das periferias.
Os adolescentes assassinados eram, em sua maioria, pobres – 67,1% viviam em lares com renda familiar entre um e dois salários mínimos – e 70% estavam fora da escola há pelo menos seis meses. Em Fortaleza, metade dos homicídios de adolescentes aconteceu em média a 500 metros da casa da vítima.

São Paulo. Conselho Regional de Nutricionistas se posiciona contra ‘ração humana’ de João Doria.

Biscoito feito com Farinata, que é a base do produto que será doado à Prefeitura de São Paulo
 (Foto: Rosanna Perroti/Divulgação).
O Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo (CRN-3) emitiu nota na noite desta quarta-ferira (11), em que se manifesta contrário ao projeto do prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), de produzir um granulado nutricional a partir de sobras de alimentos que seriam descartados pela indústria ou comércio. A mensagem foi divulgada depois de a reportagem da RBA apresentar análises de especialistas em nutrição que consideraram a ideia um retrocesso nas políticas de erradicação da fome.

Rodrigo Gomes – Rede Brasil Atual – RBA / IHU On-Line
O programa Alimento para Todos, lançado no último domingo pela Prefeitura do Município de São Paulo, afirma a nota do CRB-3, contraria os princípios do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), bem como do Guia Alimentar para a População Brasileira. “Em total desrespeito aos avanços obtidos nas últimas décadas no campo da segurança alimentar e no que tange as políticas públicas sobre as ações de combate à fome e desnutrição”, diz a nota publicada nas redes sociais do CRN-3.
Nos últimos 15 anos, o principal mecanismo de combate à fome foram programas de transferência de renda, vinculados a exigências de zelo familiar com a saúde e a educação de crianças, como o Bolsa Família. E também políticas de subsídios fiscais e de crédito para produção e aquisição de itens constantes da cesta básica.
Em 2015, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgou relatório em que reafirma a importância do exemplo brasileiro para superar a fome no mundo. Alan Bojanic, o representante da FAO, disse que o Brasil mostrou que é possível combater a fome e a insegurança alimentar quando o governo trata o assunto com prioridade. “O país focou no problema estrutural e hoje não está mais no Mapa da Fome das Nações Unidas”, afirmou.
Recentemente, com a queda na renda, no emprego e nos investimentos em políticas públicas decorrente da política econômica conduzida pela gestão Michel Temer/Henrique Meirelles, a situação começou a retroceder.

“Nutritivo”

A Política Municipal de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos foi estabelecida pela Lei 16.704/2017, sancionada no último domingo. A partir dela, a prefeitura elaborou o projeto Alimento para Todos, em parceria com a Plataforma Sinergia, que consiste em produzir o “Alimento”, “um granulado nutritivo” que pode ser adicionado às refeições ou utilizado na fabricação de outros alimentos, como pães, bolos, massas e sopas. A ração vai ser produzida pela Sinergia e distribuída nas cestas básicas entregues pelos Centros de Referência de Assistência (CRAS).
Em seu site, a Plataforma Sinergia informa ter desenvolvido “um sistema de beneficiamento de alimentos que não são comercializados pelas indústrias, supermercados e varejo em geral. São alimentos que estão em datas críticas de seu vencimento ou fora do padrão de comercialização, razões que não interferem em sua qualidade nutricional ou segurança”. 
Rosana Perrotta, executiva da entidade, trabalhou na Monsanto e na Mead Johnson Nutrition, que produz suplementos alimentares e leites infantis artificiais.
A professora de Nutrição Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, Ana Carolina Feldenheimer, considerou a proposta um retrocesso de 15 anos nas ações de combate à fome. “Alimentação não é só ter nutrientes disponíveis para a população. É ter alimentos saudáveis, frescos de boa qualidade, diferenciados. E não um refugo da sociedade para alimentar a população mais pobre”, argumentou em entrevista à RBA.
Ela destacou que a gestão Doria deveria ouvir organizações e especialistas da área. “E não ouvir só a indústria que tem um interesse claro em se livrar de parte do que sobra da produção. Produtos que seriam lixo, que a indústria teria de pagar para se livrar, porque hoje no Brasil quem gera lixo acima de determinada quantidade tem de pagar para recolher. Vai baratear esse custo ao mandar para a população esse complemento que a gente não sabe nem de onde veio, nem quais os produtos que vão nele”, criticou.
Os ganhos das empresas com a doação de sobras de alimentos vão além de se livrar do descarte. Vão receber incentivos econômicos da prefeitura de São Paulo, conforme descrito no artigo 9 da lei. Serão facilitados os empréstimos, “compreendendo a concessão de financiamentos em condições favorecidas, admitindo-se créditos a título não reembolsável”; criados “programas de financiamento e incentivo à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias” afeitos à proposta; e concedidas isenções do Imposto Sobre Serviços (ISS) e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Para Ana Carolina a prefeitura devia incentivar os pequenos agricultores das periferias de São Paulo, oferecendo empréstimos a juros baixos, por exemplo. “O que vai superar a anemia, a carência de vitamina A, a desnutrição ou a obesidade é comer comida de boa qualidade. Arroz, feijão, carne, verdura, é isso que a gente defende para a população como um todo”, ressaltou Ana Carolina
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania enviou nota à RBA em que afirma que “a Lei 16.704/2017 acabou de ser sancionada. A Política Municipal de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos está sendo elaborada e será aprovada seguindo as normas e em conjunto com as políticas nacionais e também de acordo com as necessidades e anseios da população”.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

“Se o Governador andasse de ônibus, saberia que os assaltos continuam nos coletivos em São Luís”, diz deputado Wellington sobre a falta de segurança.


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Em apenas nove meses do ano de 2017, São Luís já registrou mais de 460 assaltos a coletivos. 

Foram esses dados que o deputado Wellington utilizou para cobrar uma articulação de ações do Governador Flávio Dino, por meio da Secretaria de Segurança Publica, no combate à criminalidade no transporte público da capital.
 
Comparando-se os anos de 2017 e 2016, percebe-se que, só no mês de agosto, os números atuais são o dobro do ano passado.
 
“Se o Governador andasse de ônibus, ao invés de utilizar os helicópteros, com certeza saberia que a violência ainda domina, saberia que os assaltos no transporte público ainda continuam com números elevados. Saberia a realidade da população. Por isso, encaminho ofício ao Governador solicitando que articule ações que previnam assaltos aos ônibus. Não dá pra fingir que não existe violência. É só ouvir a população e ver que sim, infelizmente, os assaltos ainda são dominantes em nosso transporte público. E a população anda sobressaltada e temerosa”, disse Wellington.
 
VEJA OS NÚMEROS DE ASSALTOS EM 2017.
 
As localidades com os maiores números de assalto são o Terminal da Praia Grande; Terminal da Cohama; Angelim (Av. Jerônimo de Albuquerque); Avenida dos Franceses (proximidades da Rodoviária) e São Francisco (pontos diversos da Avenida Castelo Branco). Os números são:
 
77 - Janeiro
64 - Fevereiro
84 - Março
47 - Abril
40 - Maio
40 - Junho
28 - Julho
26 - Agosto
54 - Setembro.