sábado, 23 de setembro de 2017

Guerra da Síria. Força Aeroespacial Russa realizou bombardeio contra guerrilheiros apoiados pela Turquia, deixando um saldo de aproximadamente 100 combatentes abatidos, entre mortos e feridos.

www.almasdarnews.com/article/russian-airstrike-turkey
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 Andrew Illingworth.

BEIRUTE, LÍBANO - Em sua campanha  permanente de bombardeios contra forças guerrilheiras no norte de Hama e sul de Idlib, as Forças Aeroespaciais Russas, visaram uma base de comando pertencente a rebeldes de origem turca, deixando um saldo de aproximadamente 100 (cem) guerrilheiros fora de combate, entre mortos e feridos.

Hoje, o poder aéreo russo envolveu uma base da sede de Faylaq al-Sham na área de Tal Mardiqh no sul de Idlib com uma série de ataques de precisão. Além de destruir completamente a base de comando, o ataque aéreo também matou quatorze combatentes pertencentes ao grupo militante e feriu outros 50.

Com o conhecimento de que as Forças Aeroespaciais Russas também estão atacando grupos militantes não aliados a Al-Qaeda, estacionados no norte de Hama e no sul de Idlib, pode-se dizer que a Aviação de Guerra Russa está ampliando os parâmetros de sua campanha de bombardeios para suprimir completamente as capacidades ofensivas de todos facções rebeldes no noroeste da Síria.

'Brasil vive um desmonte da política indigenista', diz secretário do Cimi.

Índio com cocar durante a Semana dos Povos Indígenas no Pará
Foto - Sputniknews.
São cada vez mais fortes os indícios de que um massacre de índios aconteceu no mês passado na Terra Indígena Vale do Javari, no interior do Amazonas, tanto que nesta semana o caso foi denunciado à ONU e à OEA. Mais do que a perda de pelo menos 10 vidas indígenas, tais assassinatos expõem o desmonte que o setor vive no Brasil.

É essa a opinião do secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Gilberto Vieira. Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, ele revelou que a entidade vem acompanhando as investigações, que estão a cargo do Ministério Público Federal (MPF), e que "gravações" feitas por garimpeiros suspeitos do massacre estariam circulando.

"Tudo indica que o massacre aconteceu e ele vem no bojo de um processo de desestruturação da política indigenista no país, algo que foi denunciado recentemente", afirmou, em referência ao teor de um comunicado que foi apresentado em Genebra, na Suíça, na última quinta-feira, a respeito dos assassinatos suspeitos. 

Na nota, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) se dizem "preocupados" e pedem que o governo brasileiro adote "medidas imediatas" para frear os ataques contra povos indígenas.

O caso do massacre em Javari envolveu índios que uma comunidade isolada. Conhecidos como 'Flecheiros', eles teriam sido assassinados em agosto por garimpeiros que exploram ilegalmente a área, que fica nas proximidades dos rios Jandiatuba e Jutaí, perto da fronteira com o Peru, a aproximadamente 1.000 km de Manaus, em uma região de difícil acesso.
Parte da apuração inicial do caso foi feito por funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), entidade que vive um processo de "sucateamento" – termo usado na denúncia feita na Suíça – e, de acordo com o Cimi, só conseguiu executar 22% do orçamento para "proteção e acompanhamento de indígenas em isolamento e risco".
"Está muito aquém da necessidade desses povos, cujas denúncias sobre a presença de garimpeiros em suas áreas já remontam há algum tempo. E o Estado brasileiro não consegue propor ações concretas para a proteção desses grupos", afirmou Vieira. "E pessoas que sabem do massacre agora estão sendo ameaçadas, pelo que soubemos". 
O MPF já chegou a pedir a prisão de três suspeitos – todos negaram as acusações –, mas a Justiça não aceitou. Ao invés disso, mandados de busca e apreensão foram expedidos e, durante as investigações, policiais encontraram e apreenderam um remo e duas espingardas. As apurações continuam e não há prazo para conclusão do inquérito.
Na visão do secretário do Cimi, tão importante quanto esclarecer se houve ou não o massacre dos índios no Amazonas é denunciar o desmonte da política indigenista pela qual passa o país. Ele mencionou o fato do governo do presidente Michel Temer (PMDB) possui grande proximidade com grupos contrários aos direitos dos índios, como a Bancada Ruralista.
"A nossa leitura é que hoje há um aprofundamento quanto ao descumprimento da Constituição, que assegura os direitos dos povos indígenas. O avanço de garimpeiros e outros grupos de exploradores de bens naturais é um problema grave. O que houve lá [em Javari] não é uma situação isolada e precisamos dar visão a isso", finalizou.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Guerra da Síria. 200 caminhões de armas e munições entregues pelo Pentágono ao YPG (Curdos).

Foto - http://www.voltairenet.org/article198000.html.
Os primeiros 200 caminhões de armas e munições oferecidos pelo Pentágono ao YPG foram entregues em dois comboios separados para Hasakeh em 11 e 19 de setembro de 2017.

Os caminhões vieram da região curda do Iraque e passaram pelo cruzamento da fronteira de Semalka.

As armas e as munições são originárias da ex-União Soviética, com exceção dos veículos Oshkosh L-ATV do Exército dos EUA.

Essas armas não têm como objetivo combater Daesh, que está prestes a ser erradicado na Síria, mas deverá ser usado na próxima guerra contra a Síria que está sendo preparada pelos Estados Unidos.

De olho na “cura gay”, Malafaia investe em clínicas de recuperação.

Cientista social aponta conexões entre interesse da bancada evangélica no projeto da "cura gay" e compra de clínicas de recuperação pelo pastor Silas Malafaia.
Não é coincidência que o lobby pela cura gay tenha começado logo após o pastor Silas Malafaia montar a sua rede de clínicas de recuperação. Há muito dinheiro envolvido e, evidentemente, ninguém quer perder o 'investimento'.

Leonardo Rossatto*, Congresso em Foco.
Eu quero apresentar um aspecto bem menos moral e mais pragmático da questão da “cura gay”. Chama “follow the money“. O Pastor Malafaia tem um escudeiro na Câmara: o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Isso nem é segredo.
Agora vamos fazer uma breve cronologia:
Depois de terem o mesmo projeto arquivado três vezes, a bancada evangélica decidiu que o jeito seria apelar pro Judiciário. E daí finalmente acharam um juiz que fosse conservador o suficiente pra tomar uma decisão que os agradasse.
Bem, mas o que isso tem a ver com as clínicas de recuperação do Malafaia?
É relativamente simples:
Vocês lembram no começo do ano quando o Dória queria levar a Cracolândia inteira pra clínicas de recuperação pagando diária para as clínicas? Isso geralmente ocorre com o conveniamento de clínicas para recuperação de dependentes junto à prefeitura ou ao estado. A clínica apresenta documentação, é conveniada e o estado paga mensalmente a quantidade de diárias de internação estabelecidas em contrato.
Pois bem, qual é o pulo do gato? Com a cura gay, pessoas poderão ser levadas pelos pais ou parentes num Centro de Referência de Assistência Social (Cras) ou num Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) buscando tratamento de reversão sexual. Daí o governo vai ter que credenciar clínicas que façam esses tratamentos, afinal é um direito de todos e dever do Estado.
Na hora de credenciar essas clínicas, quem estará lá todo feliz credenciando suas clínicas em busca de grana pública pra cura gay?

Silas Malafaia

Não é coincidência que o lobby pela cura gay tenha começado logo após Malafaia montar a sua rede de clínicas de recuperação.
Vocês entenderam que Malafaia é muito mais perigoso que um mero pastor extremista? Ele quer usar a cura gay para captar dinheiro público. 
Por trás de todo moralismo há um motivo tacanho e hipócrita, não adianta. O do Malafaia é ganhar mais dinheiro.
Jesus: “é impossível servir a Deus e ao dinheiro”.
Paulo: “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”.
Esses trechos da Bíblia Malafaia não lê!
Enfim, tá aí o esquema exposto.
Leia também:

*Leonardo Rossatto é cientista social, mestre em Planejamento Territorial e especialista em Políticas Públicas. Define-se como cristão.


Brasil. Suicídio afeta mais idosos e índios; Ministério da Saúde divulga dados inéditos.


O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (21) o primeiro Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil. Durante a apresentação dos dados, a diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, considerou os casos registrados no Piauí como um “fenômeno” a se entender. Pelo levantamento, em quatro anos 1.253 pessoas tiraram a própria vida no Estado. Na pesquisa considerada inédita, o suicídio afeta mais idosos e índios. O dado revelou ainda que a existência de CAPs no município reduz em 14% o risco do suicídio. 
Por conta dos reincidentes casos, o Ministério da Saúde garante que vai investigar o que está contribuindo para o aumento de suicídio no Piauí.  
“É inexplicável. E para nós foi uma surpresa. É um fato para se explorar o que está acontecendo nesse Estado, enquanto o Nordeste é a região do Brasil que tem menor taxa de suicídio. Isso é para a vigilância em saúde investigar o que está acontecendo”, disse a diretora durante entrevista coletiva de apresentação dos dados. 
O levantamento é baseado nos casos de suicídio registrados no país entre 2011 e 2015. A pesquisa revela que as mortes por suicídios no Brasil aumentaram 12% nos últimos quatro anos. Em 2015, foram 11.736 notificações enquanto 10.490 registradas em 2011. O estudo é inédito e vai orientar a expansão e qualificação da assistência em saúde mental no país. O objetivo é traçar uma estratégia para a redução de 10% dos óbitos por suicídio até 2020.
A pesquisa revela que ocorreram 48.204 tentativas de suicídio no Brasil entre 2011 e 2015. Entre os dados, chama atenção que 69% das vítimas foram mulheres. Também é destaque que a taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que o registrado entre os brancos (5,9) e negros (4,7).
Nos dados analisados por regiões, a região Sul do Brasil é a que mais registrou casos de suicídios. No Rio Grande do Sul estão três das quatro cidades com piores indicadores de suicídio: Forquetinha[ maior taxa no Brasil]. Em segundo lugar, Taipas do Tocantins e o município de Travesseiro. A divisa entre São Paulo e Minas também é área de alto índice de suicídio. O Piauí aparece em 12º no ranking.
  1. SP - 11519
  2. MG - 6864
  3. RS - 5721
  4. PR - 3345
  5. CE - 2957
  6. SC - 2917
  7. BA - 2685
  8. RJ - 2655
  9. GO - 2148
  10. PE - 1688
  11. MA - 1325
  12. PI - 1253
  13. PA - 1231
  14. AM - 1161
  15. MS - 1099
  16. PB - 989
  17. ES - 936
  18. MT - 869
  19. RN - 853
  20. SE - 650
  21. DF - 645
  22. AL - 615
  23. TO - 474
  24. RO - 454
  25. AC - 229
  26. AP - 192
  27. RR - 175
 Fatores
O Ministério da Saúde informa que entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicos, como perdas recentes; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas. No entanto, tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado no Sistema Único de Saúde conforme um projeto terapêutico individual.
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Com estratégia para diminuir os números, o Ministério da Saúde promete instalar Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) nas áreas consideradas de risco. A partir do dia 30/09, além do Rio do Grande do Sul, o 188, central do Centro de Valorização da Vida (CVV) ficará disponível sem custo de ligação para o Piauí , Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e Rio de Janeiro.


Izabella Pimentel com informações do Ministério da Saúde
redacao@cidadeverde.com .

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Maranhão. MPF cobra diálogo do governo com quilombolas sobre ampliação da base de Alcântara.

MPF cobra diálogo do governo com quilombolas sobre ampliação da base de Alcântara
Foto: Cleia Viana/Agência Câmara
Expansão do centro de lançamento da Aeronáutica acarretaria remoção das comunidades tradicionais, contrariando tratado internacional assinado pelo Brasil.
Em audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (20), o Ministério Público Federal (MPF) cobrou mais diálogo do governo com as comunidades quilombolas do entorno da base militar de Alcântara, no Maranhão – cuja suposta ampliação está sendo discutida pelo Ministério da Defesa.
Na opinião da procuradora regional da República Eliana Torelly, representante da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF (6CCR/MPF), chama atenção a falta de transparência com que a expansão da base de lançamento de foguetes da Aeronáutica está sendo discutida.
“Até o momento, as informações sobre a ampliação da área do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) são apenas rumores, notícias e declarações de autoridades à imprensa”, afirmou Eliana Torelly, ressaltando que, apesar do convite, ninguém do Ministério da Defesa foi à audiência pública para explicar a real situação da região.
Em julho, o MPF solicitou informações ao Ministério da Defesa sobre os projetos de expansão da base de lançamento. Até o momento, no entanto, não recebeu resposta. Segundo informações encaminhadas pelos quilombolas ao Ministério Público, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve em Alcântara, em maio deste ano, para tratar do projeto expansionista no local. De acordo com informações extraoficiais, o projeto de ampliação da base de lançamento poderá ceder utilização da área para países estrangeiros, como Estados Unidos, França e Rússia.
Diálogo – Para a procuradora regional da República, qualquer alteração na área do território historicamente pertencente aos quilombolas deve ser realizada após consulta prévia e amplo diálogo com a comunidade. “Há um temor enorme entre os quilombolas porque eles já passaram por situações extremamente traumáticas em Alcântara. Atualmente, depois de 30 anos, estão novamente adaptados àquele ambiente. Só esta expectativa já é considerada uma grande ameaça à comunidade”, explica.
Caso os rumores de ampliação da área do centro de lançamento se concretizem, os quilombolas que atualmente ocupam a região seriam removidos à força de suas terras. A retirada das comunidades, além de desrespeitar a tradição brasileira, romperia o acordo firmado entre o MPF a União, em 2008, e a Convenção 169 sobre povos indígenas e tribais, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Visita – Entre os dias 29 e 31 de agosto, o MPF participou de uma missão no território quilombola de Alcântara com o objetivo de verificar as condições das comunidades locais. A visita fez parte das atividades do Grupo de Trabalho (GT) Direitos dos Povos e Comunidades Quilombolas, do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
O Ministério Público pôde acompanhar de perto a luta dos quilombolas desde a instalação da base de lançamento, em 1983, e a narrativa das comunidades que foram removidas de suas terras para agrovilas – que ocorreu sem a necessária consulta”, relata Eliana Torelly. “Em poucos dias, eles saíram de um local com fartura de recursos naturais para a escassez das agrovilas”, conta.
A região de Alcântara tem mais de 150 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares. A tensão na localidade começou no início da década de 1980, quando foram cedidas as primeiras terras para a implantação do CLA.
Audiência – Além de Eliana Torelly, representando o MPF, participaram da audiência pública na Câmara dos Deputados: o coordenador da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas, Denildo Rodrigues de Moraes; o coordenador do Grupo de Trabalho dos Direitos dos Povos e Comunidades Quilombolas, Paulo Maldos; e o defensor público José Roberto Fani Tambasco, membro do Grupo de Trabalho sobre Comunidades Tradicionais.
Secretaria de Comunicação Social - Procuradoria-Geral da República - (61) 3105-6406 / 6415 - pgr-imprensa@mpf.mp.br - facebook.com/ MPFederal - twitter.com/mpf_pgr.

Presidente da Aliança LGBTI pede aposentadoria por 'homossexualismo'.


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https://www.facebook.com/ToniReisCWB/posts/1503338793060109.
O presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni Reis, enviou um e-mail ao governo federal solicitando sua aposentadoria compulsória retroativa por “homossexualismo”.
O pedido foi uma maneira irônica de protestar contra a decisão do juiz Waldemar Claúdio de Carvalho que autoriza psicólogos a oferecerem terapias de reversão sexual.
“É minha forma de protestar. E também anunciamos que, se for necessário, recorreremos contra a liminar no Supremo Tribunal Federal e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos”, afirmou ele ao jornal O Globo.
Reis enviou o requerimento para o juiz que assina a decisão, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge e aos ministros Ronaldo Nogueira e Ricardo Barros, do Trabalho e da Previdência Social e da Saúde, respectivamente.
No texto, ele diz que “uma vez que a decisão infere que as pessoas homossexuais são doentes e passíveis de tratamento […] entende-se que a partir dessa decisão, em torno de 20 milhões de pessoas brasileiras que são homossexuais tornam-se inválidas e, portanto, elegíveis para receber aposentadoria por invalidez”.
“Sendo uma dessas pessoas inválidas, devido à minha condição homossexual que é de notório saber, venho por meio deste requerer minha aposentadoria compulsória, com direito a acompanhante especializado, retroativa até o início das primeiras manifestações da minha homossexualidade, por volta do ano de 1970”.
Leia abaixo o requerimento. 

Ao: Exmo. Sr. Doutor Juiz Federal
Waldemar Claúdio de Carvalho
SAU/SUL Quadra 2, Bloco G, Lote 8, Brasília - DF
CEP: 70070-933 Telefone: 3221-6000

c.c. Exma. Sra. Raquel Dodge
Procuradora-Geral da República

c.c. Exmo. Sr. Ronaldo Nogueira
Ministro do Trabalho e da Previdência Social

c.c. Exmo. Sr. Ricardo Barros
Ministro da Saúde

Em 15 de setembro de 2017, o meritíssimo juiz federal Waldemar Claúdio de Carvalho concedeu liminar que permite o uso por psicólogos/as de terapias de “reversão sexual” de pessoas homossexuais, contrariando a Resolução 001/1999 do Conselho Federal de Psicologia, bem como as deliberações da Organização Mundial da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde e do Conselho Federal de Medicina, entre outras organizações científicas, e promovendo o curandeirismo e o charlatanismo, uma vez que a decisão infere que as pessoas homossexuais são doentes e passíveis de tratamento, liberando assim a “cura gay”.

Entende-se que a partir dessa decisão, em torno de 20 milhões de pessoas brasileiras que são homossexuais (segundo estimativas científicas baseadas no estudo de Kinsey, 1948) tornam-se inválidas e, portanto, elegíveis para receber aposentadoria por invalidez. Reconheço que o pagamento desse benefício imprevisto possa quebrar a Previdência Social uma vez por todas, mas sugiro que o déficit incorrido seja recuperado por meio da taxação da renda das igrejas que promovem a “cura gay”.

Como ainda não existe tabela para essa doença, sugerimos que o valor mensal do benefício seja 24 salários mínimos, com isenção de todo e qualquer imposto por motivo de crença (ou melhor, doença), e com direito a passaporte diplomático para poder empregar o tempo ocioso em viagens ao exterior, buscando a cura em centros avançados, e também divulgando a boa nova brasileira relativa à cura do “homossexualismo”.

Sendo uma dessas pessoas inválidas, devido à minha condição homossexual que é de notório saber, venho por meio deste requerer minha aposentadoria compulsória, com direito a acompanhante especializado, retroativa até o início das primeiras manifestações da minha homossexualidade, por volta do ano de 1970.

Nestes termos, deferimento.

Curitiba-PR, 18 de setembro de 2015

Toni Reis
Diretor Executivo do Grupo Dignidade

Link: https://br.noticias.yahoo.com/presidente-da-alianca-lgbti-pede-aposentadoria-por-homossexualismo-133106786.html

IMPORTANTE:  O Relatório Kinsey (O Comportamento Sexual do Homem + O Comportamento Sexual da Mulher) .

Autor: Alfred Kinsey 

Ano de publicação: 1948


Resultado de uma pesquisa do biólogo norte-americano, o relatório revelou que 92% da população masculina dos Estados Unidos se masturbava e 37% já haviam tido alguma experiência homossexual (para 10% destes, estes tipos de relações eram usuais). O livro caiu como uma bomba entre a conservadora América dos anos 50.

Apesar de ter sido tachado de imoral e pedófilo, Kinsey lançou o segundo volume de sua obra, convencionalmente chamada de “O Relatório Kinsey”: “O Comportamento Sexual da Mulher” saiu em 1954 e foi publicada no Brasil pela Atheneu em 1954, com reedição em 1967.  Entre elas, 62% admitiram se masturbar e 13% já haviam tido experiência homossexual. 

O cientista perdeu o patrocínio, mas sua obra é considerada como o princípio da Revolução Sexual dos anos 60 e, graças a suas pesquisas, a homossexualidade passou a ser lentamente observada por outro ângulo, deixando de ser considerada doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 1990.