quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Brasil está maduro para uma Lei de Regulamentação dos Meios de Comunicação.

"Eu acredito (a regulamentação dos meios de comunicação) é um dos temas do meu segundo governo"

Em entrevista a blogueiros sujos,  Dilma defendeu o cumprimento da Constituição Federal de 1988 em relação à regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. Para ela, há uma demanda pela regulação do setor. “A Constituição diz que os meios de comunicação não podem ser objetos de monopólio e oligopólio. Eu acredito que a regulação tem uma base, que é a base econômica. Acho que é um ganho da sociedade a liberdade de expressão, e vocês, blogueiros, representam isso”, afirmou nesta sexta-feira (26), ao ser questionada por Miro Borges, do Blog do Miro. E continuou: “Todo mundo percebe que é um setor que tem que ser regulado”.

“Não é que eu não fiz nada. Ninguém regulou até hoje, mas está maduro para fazermos isso (a regulamentação.). Fica claro que as pessoas demandam”, ressaltou a Presidenta para quem, o Brasil, neste quesito, tem algumas vantagens diante a  outras democracias. “No Brasil tenta confundir regulação econômica com controle de conteúdo. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não há bolivarianismo nisso. O país tem uma vantagem: temos uma ótima Constituição, que é moderna”.

Dilma ainda citou características do país para justificar a intenção. Aqui, existem duas coisas na regionalização: diversidade regional e cultural. “Além disso, a mídia é um grande negócio. Se for oligopolizada, ela não dará conta da diversidade cultural que temos”, ressaltou a petista, para completar: “É um setor como qualquer outro, tem que ser regulado.”

A Presidenta mencionou exemplos de outros países que enfrentaram o problema. “Regulou-se nos Estados Unidos e voltou a concentrar, por isso é preciso sempre estar atento. Eu acredito que esse é um dos temas do meu segundo governo”, finalizou Dilma sobre o tema.
Na sabatina, ela afirmou que o Brasil não pode vê-la como vítima nesse período eleitoral. Ela, sem citá-la, se referia à candidata adversária Marina Silva (PSB). “Não posso dar ao Brasil demonstração de que sou vítima. Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima. Eu não gosto”, respondeu ao ser indagada sobre a eleição deste ano. “Eleição é briga de posições, é contrapor posição”.


Alisson Matos
, editor do Conversa Afiada.


Em tempo:
 Abaixo, outras frases da Presidenta:


Saúde pública:


“Nós temos no SUS a nossa maior conquista. Um sistema q é universal, gratuito e de qualidade”

“Justamente o partido dele (Serra) aprovou a queda da CPMF que era exatamente pra saúde”

“Nós aumentamos os recursos na saúde em 74%, apesar de não ter mais a CPMF” 

“Agora, e preciso admitir que o serviço público precisa melhorar”

“Hoje temos 1,8 médicos por 1000 habitantes”

“Nós temos um problema na atenção básica”

“Eu tenho um sistema gratuito, eu preciso ter gente na periferia” 

“Então nós atacamos a atenção básica, pq a tese é que você resolve 80% da saúde na atenção básica”

“Não fizemos o Mais Médicos por causa das manifestações de julho. O programa já estava em construção”

“Eu acredito que agora nós temos que atacar uma segunda instância” 

“Agora nós temos que resolver o problemas das especialidades”

“Tem deficiência de médico em atendimento básico, imagina de especialistas”

“Eu acho que ao mesmo tempo tem que ter uma política de hospital diferenciado”

“Há problema sério na gestão hospitalar e precisamos reconhecer isso pra mudarmos” 

“Também temos que lembrar que uma parte do setor privado é atendido no SUS” 

“Eu acredito que tem certas barreiras pra algumas gestões que são reais”

“Exemplo, contratação de laboratórios”



Reforma Política:


“Você tem vários instrumentos democráticos. Você tem o Congresso, a participação popular”

“Agora, o plebiscito empodera”

“É a força do povo brasileiro”

“Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar”

“O Brasil está maior do que seu sistema político”

“O voto empodera”

“O fato da gente poder falar certas coisas, viver certas coisas…”

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

China planeja construir 18 bases navais no exterior, inclusive na Namíbia.


PLA Navy
Segundo o jornal The Namibian, estão em curso discussões nos “mais altos níveis” os planos da Marinha do Exército de Libertação Popular da China para construir uma base naval em Walvis Bay (Namíbia), nos próximos 10 anos.
De acordo com relatos da mídia chinesa, Walvis Bay será uma das 18 bases navais que serão instaladas em diferentes regiões: Paquistão, Sri Lanka e Mynanmar no Oceano Índico norte; Djibouti, Iêmen, Omã, Quênia, Tanzânia e Moçambique, no oeste do Oceano Índico; e Seychelles e Madagascar no centro do Oceano Índico Sul.
“Essas três linhas estratégicas irão aumentar ainda mais a eficácia da China a assumir a responsabilidade por manter a segurança das rotas marítimas internacionais, mantendo assim a estabilidade regional e mundial”, disseram os relatos da mídia.
Outras bases navais são: Porto Chongjin (Coréia do Norte), Porto Moresby (Papua Nova Guiné), Porto Sihanoukville (Camboja), Porto Koh Lanta (Tailândia) Porto Sittwe (Myanmar), Porto Dhaka (Bangladesh), Porto Gwadar (Paquistão), Porto Hambantota (Sri Lanka), Maldivas, Seychelles, Porto Djibouti (Djibouti), Porto Lagos (Nigéria), Porto Mombasa (Quénia), Porto Dar es Salaam (Tanzânia) e Porto de Luanda (Angola).
A porta-voz do Ministério da Defesa da Namíbia tenente-coronel Monica Sheya confirmou estes relatórios à Namíbia ontem, dizendo que uma vez que a decisão seja tomada, o ministério informará a nação.
“Nós lemos sobre isso. Eu acredito que está sendo discutido nos níveis mais altos, mas isso é tudo que posso dizer agora. Uma vez tomada uma decisão, teremos a certeza de informar o país sobre o assunto, mas não podemos dizer nada agora”, disse Sheya.

A China planeja construir bases de reabastecimento, de atracação e de manutenção em países estrangeiros através de consultas amigáveis e mutuamente benéficas. Além disso, os relatórios afirmam que a marinha chinesa não vai estabelecer o “estilo americano” de bases militares, ainda que não irá excluir a criação de um número de chamadas “Bases de Apoio Estratégico Além Mar”, em conformidade com as regras internacionais prevalecentes.
A China tem vários grandes interesses de desenvolvimento de infra-estrutura e de extração de recursos na Namíbia. Ela também tem uma estação de rastreamento por satélite perto de Swakopmund.
A decisão para o fortalecimento das forças armadas nacionais da China, de acordo com a posição internacional do país para atender às necessidades dos seus interesses de segurança e desenvolvimento, foi tomada no congresso do Partido Comunista Chinês.
A Marinha da China se orgulha de ser uma força pessoal de 255.000 homens e mulheres, incluindo 10.000 fuzileiros navais e 26.000 militares da aviação naval. É a segunda maior marinha do mundo em termos de tonelagem, atrás apenas da Marinha dos Estados Unidos, e tem o maior número de grandes combatentes de qualquer marinha.
NOTA DO PODER NAVAL: o Brasil ajudou na criação e formação da Marinha da Namíbia, mas a China provavelmente tomará nosso lugar naquele país africano. A China é muito mais rápida e assertiva no preenchimento dos espaços estratégicos e tem muito mais a oferecer em termos de infraestrutura e armamentos.

sábado, 22 de novembro de 2014

Nota à imprensa sobre reportagem da revista Veja.


Nota Oficial

A reportagem de capa da revista Veja de hoje é mais um episódio de manipulação jornalística que marca a publicação nos últimos anos.
Depois de tentar interferir no resultado das eleições presidenciais, numa operação condenada pela Justiça eleitoral, Veja tenta enganar seus leitores ao insinuar que, em 2009, já se sabia dos desvios praticados pelo senhor Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras demitido em março de 2012 pelo governo da presidenta Dilma.
As práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa só vieram a público em 2014, graças às investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
Aos fatos:
Em 6 de novembro de 2014, Veja procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência da Repúblicainformando que iria publicar notícia, “baseada em provas factuais”, de que a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, recebeu mensagem eletrônica do senhor Paulo Roberto Costa, então diretor da Petrobras, sobre irregularidades detectadas em 2009 pelo Tribunal de Contas da Uniãonas obras da refinaria Abreu e Lima. O repórter indagava que medidas e providências foram adotadas diante do acórdão do TCU. A revista não enviou cópia do e-mail.
No dia 7 de novembro, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República encaminhou a seguinte nota para a revista:
“Em 2009, a Casa Civil era responsável pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assim, relatórios e acórdãos do TCU relativos às obras deste programa eram sistematicamente enviados pelo próprio tribunal para conhecimento da Casa Civil.
Após receber do Congresso Nacional (em agosto de 2009), do TCU (em 29 de setembro de 2009) e da Petrobras (em 29 de setembro de 2009), as informações sobre eventuais problemas nas obras da refinaria Abreu e Lima, a Casa Civil tomou as seguintes medidas:
a. Encaminhamento da matéria à Controladoria Geral da União, em setembro de 2009, para as providências cabíveis;
b. Determinação para que o grupo de acompanhamento do PAC procedesse ao exame do relatório, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras;
c. Participação em reunião de trabalho entre representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento, Petrobras e MME, após a inclusão da determinação de suspensão das obras da refinaria Abreu e Lima no Orçamento de 2010, aprovado pelo Congresso.
Nesta reunião, realizada em 20 de janeiro de 2010, “houve consenso sobre a viabilidade da regularização das pendências identificadas pelo TCU” nas obras da refinaria Abreu e Lima (conforme razões de veto de 26 de janeiro de 2009). Foi decidido, também, o acompanhamento da solução destas pendências, por meio de reuniões regulares entre o MME, o TCU e a Petrobras.
A partir daí, o Presidente da República decidiu pelo veto da proposta de paralisação da obra, com base nos seguintes elementos:
1) a avaliação de que as pendências levantados pelo TCU seriam regularizáveis;
2) as informações prestadas em nota técnica do MME que evidencia os prejuízos decorrentes da paralisação; e
3) o pedido formal de veto por parte do então Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Este veto foi apreciado pelo Congresso Nacional, sendo mantido.
A partir de 2011, o Congresso Nacional, reconhecendo os avanços no trabalho conjunto entre MME, Petrobras e TCU, não incluiu as obras da refinaria Abreu e Lima no conjunto daquelas que deveriam ser paralisadas.
E a partir de 2013, tendo em vista as providências tomadas pela Petrobras, o TCU modificou o seu posicionamento sobre a necessidade de paralisação das obras da refinaria Abreu e Lima”.
A inconsistência da reportagem de Veja é evidente. As pendências apontadas pelo TCU nas obras da refinaria Abreu e Lima já haviam sido comunicadas, em agosto, à Casa Civil pelo Congresso e foram repassadas ao órgão competente, a CGU.
Como fica evidente na nota, representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento do Congresso, Petrobras e do Ministério de Minas e Energia discutiram a solução das pendências e, posteriormente, o Congresso Nacional concordou com o prosseguimento das obras na refinaria.
Mais uma vez, Veja desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez, irá fracassar.

Secretaria de Imprensa
Presidência da República

Grupo ligado a Aécio é denunciado por desvio de R$80 milhões em presídios.

Deu no Blog Limpinho e Cheiroso - Grupo ligado a Aécio é denunciado por desvio de R$80 milhões em presídios.



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Perrella Pai, Perrella Filho: Helicóptero de cocaína e tradição de bons negócios com o governo do PSDB.
Ministério Público investiga seis crimes de empresas ligadas à família Perrella.

Alessandra Fonseca, via Agência PT

No debate dos candidatos à Presidência da República na TV Record, Aécio Neves (PSDB) falou da questão da segurança pública em Minas Gerais e cobrou mais investimentos nos presídios. Mas, de acordo com o Ministério Público do estado, nos contratos do governo mineiro com empresas da família Perrella, para fornecimento de comida aos presos, cerca de R$80 milhões foram desviados.

O principal acusado é o ex-presidente do Cruzeiro Alvimar de Oliveira Costa, conhecido como Alvimar Perrella, irmão do senador Zezé Perrella (PDT/MG). Ele lidera um grupo com sete empresas que, entre 2009 e 2011, fechou 32 contratos com o governo de Minas para fornecer marmitas aos presídios e centros detenção do estado. As suspeitas apontam que pelo menos um terço de cada contrato foi desviado.

Além de Alvimar, os outros dois sócios da empresa Stillus Alimentação, João Wilson Veloso e Álvaro Wagner Diniz de Araújo, também são apontados como chefes do esquema. De acordo com as investigações da operação Laranja com Pequi, do MPE, o grupo de empresas combinava os valores superfaturados nas licitações para beneficiar a Stillus. As empresas ainda subornavam os servidores públicos para que eles fizessem o edital direcionado para o esquema.

Entre os crimes cometidos pelo grupo estão fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e fraude processual. O Ministério Público listou 32 licitações sob suspeita.

Segundo o promotor de Defesa do Patrimônio Público de Minas Gerais, autor da ação contra as fraudes, Eduardo Nepomuceno, o modelo utilizado nas licitações favorece as irregularidades. “As empresas superestimam a quantidade de presos, vendem um cardápio e entregam outro, e a fiscalização não existe. Como é possível medir mil refeições para ver quais pesam a mais ou a menos?”, questiona. De acordo com Nepomuceno, todos os processos, nas áreas civil e criminal, estão em andamento e, em breve, trarão novos resultados.

Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ/MG) bloqueou os bens de Alvimar, de seis empresas e de 14 pessoas envolvidas no esquema, totalizando R$81 milhões em bens imóveis dos réus. A liminar foi para garantir o pagamento do dinheiro desviado, caso seja comprovada a improbidade.

No mês de abril, a decisão do Ministério Público confirma ter havido “prática de atos criminoso e ímprobos” em diversos municípios de Minas Gerais. Isso indica a prática de formação de cartel, crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, além de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito de agentes públicos.

As escutas telefônicas obtidas pela operação também revelam que as alimentações servidas nas penitenciárias eram de baixa qualidade. Em uma das conversas gravadas, o diretor da Stillus Alimentação, Álvaro Wagner Diniz, admite a péssima qualidade da comida. O inquérito do MP aponta comida azeda e com bichos servida aos presos de Minas, razão de diversas rebeliões nas penitenciárias do estado. A Stillus fornecia mais de 44 mil refeições para 24 unidades prisionais do estado.

Perrella – Este sobrenome também é famoso por outros dois casos polêmicos. O primeiro foi a apreensão do helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD/MG), filho do senador Zezé Perrella (PDT/MG), com cerca de 450 quilos de cocaína, no Espírito Santo. O caso ocorre em segredo de Justiça porque Gustavo tem foro privilegiado por ser parlamentar.

O outro foi o bloqueio de bens e quebra do sigilo bancário e fiscal do senador Zezé e de Gustavo. Investigação do Ministério Público mineiro aponta enriquecimento ilícito de pai e filho. A denúncia aponta que a fazenda deles foi beneficiada com contratos sem licitação com o governo mineiro para fornecimento de sementes no valor de R$14,5 milhões.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

CNMP através de PAD apura Carta às Forças Armadas e afasta por 90 dias o Procurador da República.

pad procurador sc forcasarmadas MG 0988
Por maioria, o Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou nesta segunda-feira, 17 de novembro, durante a 21ª Sessão Ordinária de 2014, Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e decidiu afastar das atividades, por 90 dias, o procurador da República em Joinville/SC Davy Lincoln Rocha. Também foi decidido o encaminhamento do processo ao procurador-geral da República, que vai analisar o caso sob o aspecto penal.

O Plenário acolheu proposta do conselheiro Luiz Moreira, que leu o texto “Carta aberta às forças armadas brasileiras”, postado na internet. De acordo com o conselheiro, ao sugerir a intervenção militar no Brasil e que esta conte com a participação dos Estados Unidos, o membro do Ministério Público Federal “utiliza de suas prerrogativas para manchar o regime democrático e a soberania nacional”. Em tese, destaca Moreira, há a ocorrência do crime contra a ordem democrática e a ausência de decoro pessoal.

O afastamento do procurador está condicionado à instauração da portaria do PAD pelo conselheiro que for designado relator, que terá o prazo de 72 horas, após o recebimento do processo, para encaminhar o documento à publicação.

Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).

Assessoria de Comunicação Social do Conselho Nacional do Ministério Público

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Projeto do Amianto: Interesse de mineradora goiana prevalece sobre o direito à saúde dos catarinenses.

Por Sílvia Medeiros.
A depender de alguns deputados estaduais de Santa Catarina, o amianto que é um material cancerígeno, vai continuar sendo produzido e comercializado em nosso estado
Na manhã de hoje, dia 12 de novembro, cinco dos seis deputados presentes na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, resolveram protelar essa decisão tão importante para a sociedade catarinense, com o argumento que o Projeto de Lei – PL 179/2008 que já vem sendo discutido há quase seis anos, precisa ser avaliado por algumas entidades antes de ter o parecer da “casa do povo catarinense”.
O projeto de autoria do Deputado Jailson Lima e Ana Paula Lima, ambos do PT, tramita na Alesc desde 2008 e dispõe sobre a proibição do uso de produtos, materiais ou artefatos que contenham quaisquer tipos de amianto ou asbesto ou outros minerais que tenham fibras de amianto na sua composição. Depois de ter realizado diversos seminários e audiências públicas sobre este mineral cancerígeno e o reflexo do seu uso para a sociedade catarinense, essa é a primeira vez que o PL tinha a possibilidade de ser aprovado e enfim, o amianto ser banido de Santa Catarina.
Porém, mesmo com um minucioso relatório do Ministério Público do Trabalho – MPT e do Ministério Público Federal – MPF, que apresenta um estudo com resoluções médicas e de ambientalistas sobre o impacto e os malefícios deste mineral a toda sociedade catarinense e ao meio ambiente, o relator do projeto Deputado Darci de Matos do PSD, pediu diligência e declarou que só vai se posicionar depois de receber um parecer do Supremo Tribunal Federal, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Secretária Estadual de Desenvolvimento Econômico e Sustentável e da Secretaria Estadual da Fazenda.
O Deputado Dirceu Dresch do PT, único parlamentar presente na Comissão de Finanças que defendeu o Projeto de Lei, concordou com as ponderações de Darci de Matos, mas o alertou para os prazos que são curtos, visto que ao final desse ano se encerra o mandato e ano que vem o projeto terá que voltar a ser discutido em todos os espaços, mesmo as comissões que o projeto já foi aprovado.
Ainda no pronunciamento de Dirceu Dresch ele destacou que os parlamentares da Comissão de Finanças devem discutir os impactos financeiros para Santa Catarina e algumas observações citadas por Darci de Matos, já foram vencidas num debate longo realizado na Comissão de Constituição e Justiça.
O deputado Marco Vieira do PSDB, que além de compor a Comissão de Finanças é também presidente da Comissão de Constituição e Justiça, ele foi um dos parlamentares que no dia 02 de setembro (antes das eleições), considerou constitucional o projeto de banimento do amianto – tanto que naquela data o PL foi aprovado por unanimidade seguindo para a Comissão de Finanças – agora, passado o período eleitoral, mudou o seu pronunciamento. Ele, além de fazer um questionamento voltado apenas aos prazos e indagações políticas, ele desconsiderou a autenticidade de representação da procuradora do Trabalho, Márcia López Aliaga e do procurador federal Maurício Pessutto, ambos que coordenaram o relatório sobre os impactos do uso do amianto no estado.
Maior mineradora de amianto no país, pressiona deputados catarinenses - Cerca de 100 pessoas trajando uniforme da empresa SAMA Minerações Associadas (que é a única mineradora de amianto a operar em território nacional, que fica localizada na cidade de Minaçu, estado de Góias), ocuparam as cadeiras do plenário no momento da votação do projeto. Junto com eles estavam o prefeito da cidade de Minaçu, Maurides Rodrigues Nascimento e mais três vereadores (Sebastião Alves, Silvio Nogueira e Marcio Rogério) todos eles PSDB. As pessoas, que se diziam trabalhadores da mineradora portavam cartazes pedindo aos parlamentares catarinenses que votassem contra o projeto de banimento do amianto, pois o emprego deles corria risco.
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“Infelizmente alguns deputados estaduais catarinenses preferiram votar a favor de uma grande mineradora de Góias do que a favor do povo catarinense. Desconsideraram o relatório do MPT e do MPF, que fez uma minuciosa pesquisa em nosso estado e comprovou que pelo menos 47 pessoas em Santa Catarina morreram devido ao contato com o mineral cancerígeno que é o amianto. Desconsideraram as diversas audiências públicas realizadas com o povo catarinense, não ouviram a manifestação dos trabalhadores de Santa Catarina, organizados através da CUT que desde o inicio de tramitação deste PL, esta acompanhando o projeto e pedindo aos parlamentares que zelem pela saúde da nossa população. No dia de hoje, alguns deputados catarinenses, não representaram o seu povo, mas o interesse econômico de uma empresa que fica cerca de dois mil quilômetros do nosso estado”, salientou Lucilene Binsfeld, trabalhadora do comércio de Santa Catarina e dirigente sindical CUTista.
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No mundo, 68 países já baniram o amianto desde a década de 90. No Brasil, seis estados também não permitem mais o uso: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso. Em Santa Catarina apenas uma empresa, localizada em Criciúma, ainda produz telha com amianto, mas esta mesma empresa já possui tecnologia e vende produtos sem a utilização deste mineral, ficando evidente que os impactos econômicos no nosso estado não será de grande proporção, pois como salientou o deputado Dirceu Dresch “Nesse momento precisamos pensar na saúde da nossa população. Lutar pelo banimento do amianto é muito mais do que lutar por emprego e renda, é lutar pela saúde pública de toda nossa gente”.
 O projeto segue no aguardo da resposta das diligências solicitadas pelo deputado Darci de Matos, mas devido ao fim do ano que está próximo, há grande possibilidade de não ser votado neste ano, tendo que começar todo o debate no novo mandato que se inicia em 2015.
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A assessoria da A SAMA S.A. remeteu ao nosso sítio a seguinte nota que reproduzimos, como nota de esclarecimento, e espaço igual será concedido aos trabalhadores que nos enviaram, através da sua assessoria, a nota acima.
Redação
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Cara equipe,
A SAMA S.A. – Minerações Associadas, diante da nota publicada pelo blog Desacato, com o título “Projeto do Amianto: Interesse de mineradora goiana prevalece sobre o direito à saúde dos catarinenses”, vem a público esclarecer:
  • Ao contrário do que afirma a notícia, a saúde do povo catarinense não está em risco. O uso do amianto crisotila é permitido no Brasil e em 150 países. Entre eles, países desenvolvidos como os Estados Unidos e o Canadá.
  • Atualmente, mais de 50% das casas brasileiras são cobertas com telhas de amianto. Milhões de pessoas viveram e vivem décadas em residências cujas caixas d’água e telhas são feitas com o amianto crisotila. Não existe um único caso de usuário que tenha contraído qualquer tipo de doença por isso.
  • Os 47 casos de mesotelioma em Santa Catarina são espalhados pelo Estado. Apenas um ocorreu próximo a área de provável contaminação. Os dados não podem ser relacionados com o uso seguro do amianto crisotila no Brasil. É de conhecimento médico que outros fatores, como os genéticos, podem desencadear o mesotelioma. Além disso, Santa Catarina é um centro de doenças pulmonares por outras contaminações mais sérias como, por exemplo, o carvão.
  • O Brasil é referência no mundo por suas leis rigorosas sobre o uso seguro do amianto.
  • Poucos produtos são tão fiscalizados quanto o amianto desde a sua extração até chegar ao consumidor final. Todas as etapas são rigorosamente monitoradas para a segurança da saúde do trabalhador.
  • Existe uma campanha difamatória feita por concorrentes de fabricantes de telhas e caixas d´água com amianto. O objetivo é substituir a fibra de amianto por outra mais cara, que dura menos, é pior e polui o meio ambiente. A telha de amianto é mais barata, dura mais, é melhor e não polui o meio ambiente. Por isso, concorrentes começaram a espalhar boatos para tentar ganhar mercado.
  • A decisão sobre leis que proíbem o uso do amianto crisotila no Brasil está nas mãos do Supremo Tribunal Federal, que começou o julgamento sobre o assunto em 2012.
  • O ministro Marco Aurélio, relator do caso no STF, já decidiu que o amianto fica no mercado e que não há motivos para bani-lo. Ele entendeu que a própria OIT não defende o banimento do amianto do mercado e sim regras para a segurança do trabalhador, o que já é feito no Brasil.
  • No passado, existiu um outro tipo de amianto: o anfibólio. O amianto do tipo anfibólio, que oferecia riscos à saúde, já foi banido em todo o mundo e não existe mais no Brasil. E o uso do amianto crisotila não oferece riscos à saúde de quem comercializa ou usa essas telhas.

domingo, 16 de novembro de 2014

Violência - São Luís é a 15ª cidade mais violenta do Mundo.

Publicado em  por Leandro Miranda.


O site internacional Business Insider listou as 50 cidades mais violentas ao redor do mundo.
Trinta e quatro das piores cidades do ranking estão localizadas na América Latina, sendo que o assassinato é o crime mais comum na região do que em qualquer outra parte do mundo.
O destaque vai para São Luís, capital do Maranhão, a sétima cidade mais perigosa do país. O Brasil abriga 16 municípios violentos.
Além dos assassinatos, o tráfico de drogas, guerras de gangues, instabilidade política, corrupção e a pobreza influenciam na alta violência nas cidades da lista.
Confira:
Com informações do site Infomoney.