domingo, 30 de abril de 2017

A privatização dos portos.

SÃO PAULO – Mesmo com a atual crise econômico-financeira agravada pela desmoralização da classe política brasileira, o porto de Santos não tem deixado de crescer nos últimos tempos, mantendo-se como responsável por mais de ¼ das movimentações portuárias no País, com a marca de 26,6% das trocas comerciais brasileiras, que somaram US$ 53,5 bilhões no primeiro bimestre de 2017. Basta ver que, no período, o porto santista comercializou US$ 14,3 bilhões, resultado 2,7% superior ao obtido no mesmo período de 2016, quando a marca foi de US$ 13,9 bilhões, segundo dados da Companhia Docas do Estado (Codesp) e do Minist&eac ute;rio da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Milton Lourenço (*)            
No total de exportações pelo porto de Santos, o registro é de US$ 7,8 bilhões, representando 25,8% do total nacional (US$ 30,4 bilhões). Em valores comerciais, a principal carga exportada pelo porto de Santos nesse período é o açúcar, com US$ 548,6 milhões, correspondente a 7% do total exportado pelo porto. O principal comprador foi Bangladesh, seguido de Argélia e Marrocos. Outros 23 países também receberam o produto saído de Santos. 
Se o porto vai suportar esse crescimento é dúvida que atormenta há vários anos a maioria das autoridades e empresários ligados às atividades portuárias. Para enfrentar esse desafio, o governo federal agora estuda a possibilidade de privatizar as companhias docas, atualmente sob administração do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A companhia do Espírito Santo seria a primeira da lista, mas ainda não se sabe de que forma se daria o processo de privatização, se nos moldes dos aeroportos ou em outro modelo.
É de se lembrar que, em 2002, discutiu-se bastante não a privatização, mas a regionalização da Codesp, que passaria a ser administrada pelo governo do Estado com a participação dos municípios de Santos, Guarujá e Cubatão. Com a ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT) no cenário político, a ideia acabou descartada e a direção dos portos brasileiros continuou funcionando como moeda de troca no jogo político-partidário. Agora, anuncia-se esse novo caminho para as companhias docas como se privatização fosse sinônimo de eficiência. Não é, mas constitui o caminho mais viável, sem dúvida.
Seja como for, o que se espera é que essa solução privatista, se for viabilizada, seja acompanhada por grandes investimentos em novas áreas retroportuárias em Santos e região, ainda que as áreas disponíveis não sejam muitas, o que significa que haverá a necessidade de aplicação maciça de recursos no aterramento de terrenos alagados ou mesmo de avanços no mar, como já ocorreu em outros portos do mundo, além do aumento da extensão do cais e a construção de melhores acessos às ferrovias e rodovias.
Os resultados desses investimentos só aparecerão a longo prazo, mas é claro que deverão representar redução de custos, atração de novos serviços, maior produtividade e novos recordes de movimentação de cargas. Estima-se que, se houver uma diminuição de 10% nos custos portuários e nos fretes marítimos, a movimentação de cargas pode crescer cerca de 40% em um ano. 
_________________________
(*) Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br .

Maranhão. Vamos a XIII Romaria do Trabalhador neste 1° de maio, e continuamos falando sobre a greve geral de 28 de abril.


Convidamos a todos os moradores de São Luís a se fazerem presentes a XIII Romaria do Trabalhador "Trabalhadores em marcha contra a negação dos seus direitos". Será neste 01 de maio de 2017 - concentração às 13 horas, no Amarelinho entrada do quebra pote,  Rodovia BR 135, KM 11. "Todo trabalhador tem direito ao seu sustento." (Mt 10 10). Realização Setor 1. Forania São Cristóvão/ Arquidiocese de São Luís.  


Foto - Greve Geral de 28/04 em Serrano do Maranhão.
Inegável o apoio dado ao movimento grevista do dia 28 de abril, pelo Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, juntamente com as Centrais Sindicais, como a CUT e CTB, além de demais entidades, que integram a Paralisação Nacional, marcada desta sexta-feira (28).

O movimento teve como objetivo dar um basta nos abusos da Reforma Trabalhista e da Reforma da Previdência, exijindo que sejam arquivadas ou rejeitadas pelo Congresso Nacional. 

Foto - Greve Geral de 28/04 em Açailândia/MA.

As entidades que participam dos atos, também são contra a Terceirização. Todas essas propostas, se aprovadas, acabarão com direitos fundamentais, dos trabalhadores brasileiros. 

Foto - Greve Geral de 28/04 em Imperatriz/MA.
Logo no amanhecer da ultima sexta-feira podemos observar o exito do protesto, conforme o Balanço da Greve Geral em São Luís.


1- Todas as garagens de ônibus ocupadas. Não havendo circulação de nenhum transporte coletivo na cidade; 2- Pela manhã, ninguém saiu ou entrou na cidade. Rodovia BR-135 ocupada. 3- Pela manhã, Porto do Itaqui ocupado. 4- Desde a madrugada à Área Itaqui-Bacanga bloqueada, ninguém saia ou entrava. 5- Bancos paralisadosos. E 6- Comércio parcialmente fechado.


Foto - Greve Geral de 28/04 em Açailândia/MA.

Importante destacarmos exemplos de luta, como do companheiro Saulo Carneiro de Oliveira, servidor público do TJMA cujo relato apresentamos abaixo: " Acabei de almoçar. Saí às 20:30 de cururupu, para participar da GREVE GERAL aqui em São Luís. Cheguei às 10:00 nas proximidades do km 2 da BR 135. Juntei-me aos manifestantes e a BR ficou fechada das 4:30 até as 12:00. Foi bonito ver a comunidade local, integrantes das paróquias, padres, freiras, professores do IFMA Maracanã, além de representantes sindicais. Eu estava usando uma camisa Fora Temer e andei muito do ônibus que cheguei de viagem até o ponto onde iniciava o bloqueio. Conversei com inúmeros motoristas que estavam parados  (um lembro que estava desde 6:40 e já era mais de 11:00), expostos ao sol e vendo minha camisa nenhum foi agressivo ou me fez críticas, ao contrário, admitiam o transtorno mas entendiam que devemos, sim, protestar. Sei que muitos não terão lido este texto até o fim, mas gostaria de dar meu relato neste dia histórico. Ainda vou decidir que rumo tomar neste meado de tarde. Como estava sem bateria no celular não registrei fotos, mas está registrada na minha memória essa experiência que ora compartilho."
Foto - Greve Geral de 28/04 em Santa Inês/MA.
Companheir@s a luta continua....
"Aviso Importante a todos e todas, neste 1° de maio, Rodovia na BR-135, ocorrerá a Procissão do trabalhador, local dá concentração no Amarelinho. Entrada do quebra Pote, a partir das 13:00h saída, às 14:00h rumo a Paróquia São José do Martírio, na Vila Itamar.

Foto - Greve Geral de 28/04, paralisação na Rodovia BR 135 em São Luís/MA.

Russia X EUA. “Se tomarem o leste da Síria, eu tomo aquele porto no Iêmen”.


Resultado de imagem para Porto aden

29/4/2017, Moon of Alabama.
Traduzido por Vila Vudu.

Será que os EUA deixarão a Síria, se for esse o preço para impedir que haja uma frota russa atracada no Iêmen?


A questão talvez pareçae estranha, mas se a Rússia tiver sucesso nas negociações que conduz no Iêmen, em pouco tempo será questão inescapável.

Um veículo neoconservador norte-americano publicou recentemente pequena notícia interessante, sem porém indicar qualquer fonte, sobre o Iêmen:

“Rússia está mediando negociações para uma solução política do conflito no Iêmen fora dos canais da ONU, como meio para assegurar bases navais no Iêmen. Rússia conduz negociações políticas com os Emirados Árabes Unidos e o ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh, começando a discutir o futuro governo de consenso para o Iêmen. O apoio de Saleh aos Houthis é crítico para que o bloco Houthi-Saleh preserve a própria influência em todo Iêmen norte e central. Os Emirados Árabes Unidos podem encontrar nesse acordo um podo de conter a expansão da influência do Irã no Iêmen e de limitar custos futuros associados à guerra no Iêmen. Saleh já manifestara disposição de garantir à Rússia o direito de implantar base militar no Iêmen. Esse arranjo que lhe assegure bases nessa área permitiria à Rússia projetar poder sobre uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, no Mar Vermelho e pelo Estreito Bab al Mandab – gargalo marítimo global.”

Ano passado, em agosto, o ex-presidente Saleh do Iêmen já havia realmente feito uma oferta à Rússia:

“Na luta contra o terrorismo, nos adiantamos e oferecemos todas as facilidades. Nossos portos, nossos aeroportos (…) Estamos prontos a garantir tudo isso à Federação Russa” – disse Saleh numa entrevista em Sanaa.

Naquele momento ninguém (além da Rússia?) levou a sério as palavras de Saleh. Ele não estava, e não está, em posição que lhe dê controle sobre Áden no sul do Iêmen nem sobre qualquer outro porto iemenita relevante.


Também duvidei daquela matéria recente. Sim, até o início dos anos 1990s a União Soviética manteve bases no sul do Iêmen e milhares de conselheiros e instrutores militares trabalhavam no país. Mas atualmente a Rússia não tem recursos navais nem interesse imediato que a leve a abrir uma nova base naquela área. Isso é o que eu pensava.

Mas fonte bem informada no Iêmen fez sumir as minhas dúvidas. Confirmou o que eu lera naquela matéria. A Rússia está, sim, em negociações com os Emirados Árabes Unidos, a aliança Houthi/Saleh e os vários grupos do sul do Iêmen buscando um acordo de paz; e, isso, já dura seis meses. E o acordo incluiria o direito de estabelecer uma base naval em Áden.

Todos os sinais de alarme devem ter disparado no CENTCOM, no Pentágono e no Conselho de Segurança Nacional dos EUA. Há 25 anos o Mar da Arábia, o Golfo de Áden e o Mar Vermelho foram águas amplamente controladas pelos EUA. Já a China, que recentemente inaugurou uma base naval “antipirataria” em Djibouti, gerou muita preocupação. Agora…os russos estão chegando!!!


A guerra dos sauditas contra o Iêmen, que os EUA apoiam muito ativamente, não está levando a nada. Todos os dias os sauditas perdem soldados em incursões dos iemenitas(vídeo) em território saudita. Não há qualquer chance de forças sauditas apoiadas virem a tomar o norte do Iêmen que Houthi/Saleh controlam e a capital Sanaa. 

Os Emirados Árabes Unidos apoiaram a guerra saudita com forças consideráveis. Mas os EAU só querem o porto de Áden e as instalações que há ali para carregar navios petroleiros, que muito interessam à empresa DP World, de propriedade dos EAU, de gestão de portos. Os sauditas querem os portos como pontos de escoamento para o petróleo que exportam, longe dos portos do Golfo Perda, que o Irã poderia facilmente fechar. Mas também querem controlar todo o território do Iêmen.

Os sauditas contrataram a Al-Qaeda no Iêmen para combater como ‘exército saudita por procuração’. Mas nem os EUA nem os Emirados Árabes Unidos concordaram com esse arranjo. Al-Qaeda atacou forças dos EAU no Iêmen. E os EUA temem a AQ no Iêmen como fonte potencial de atentados internacionais. Desde o início do ano forças especiais de EUA e EAU têm atacado por terra ou bombardeado várias concentrações da Al-Qaeda no Iêmen. Os sauditas foram apanhados de surpresa, mas não tiveram como protestar. Al-Qaeda até ali sempre fora o ás com que contavam naquele jogo. E o perderam.

Os sauditas estão retrocedendo da planejada invasão pela costa iemenita do Mar Vermelho em Hodeidah. O porto é atualmente o único pelo qual é possível embarcar cargas de alimento para as áreas sitiadas no norte. A ONU protestou contra qualquer ataque àquele porto, e os EUA retiraram o apoio que davam à operação. Muito provavelmente os Houthis e Saleh aceitarão algum tipo de controle pela ONU, sobre o porto em Hodeidah. Por mais que os sauditas aleguem que o porto serviria para receber armas contrabandeadas do Irã, os Houthi sabem que não é bem assim.

medo que os sauditas têm de que se implante uma fortaleza iraniana no Iêmen não tem qualquer fundamento. O suposto apoio que os iranianos dariam aos Houthis jamais se materializou. Em mais de dois anos de guerra, nenhum iraniano foi morto, capturado, sequer avistado no Iêmen. Os mísseis balísticos que os Houthis estão usando contra a Arábia Saudita são velhos modelos soviéticos, incluindo mísseis de defesa aérea SA-2/S-75 modificados localmente. O exército iemenita comprou e escondeu muitos desses mísseis, e o Irã jamais teve esse tipo de míssil. Os suprimentos militares que os Houthis usam não vêm do Irã: foram capturados de remessas que os sauditas enviaram aos soldados que alugaram no Iêmen. Os Houthis simplesmente capturam as armas ou as compram sempre que precisam.

Houve recentes protestos em Áden contra Hadi, o presidente iemenita fantoche dos EUA/Sauditas. Hadi residiu ali por algumas semanas, mas teve de correr de volta para sua luxuosa suíte de hotel em Riad, Arábia Saudita. Enquanto Hadi esteve oficialmente no controle e responsável por Áden, nenhum salário foi pago a funcionários do governo, lojas e serviços públicos permanecem fechados e a cidade permaneceu entregue a várias gangues que combatem entre elas em várias partes da cidade. A sede da Fraternidade Muçulmana aliada do partido Islah, que apoia Hadi, foi invadida e queimada.

Para os Emirados Árabes Unidos, já basta:
Os Emirados estão começando a cansar do eterno desentendimento entre aliados. Oficiais que esperavam que Áden viesse a ser um modelo para o resto do Iêmen hoje já temem que deixar o sul no piloto automático será condenar o país a mais instabilidade, – que pode alastrar-se por toda a península arábica. Milhares de combatentes treinados pelos Emirados simplesmente somem (depois de receber o pagamento). Motivar recrutas a avançar para o norte é missão quase impossível, mesmo que se paguem bônus e recompensas. Homens que lutariam dedicadamente para defender a própria casa não são facilmente motiváveis a lutar pela casa de outros.

Se a aliança Saleh/Houthi conseguir fazer a paz com os movimentos do sul que até aqui apoiavam Hadi, a guerra pode chegar ao fim em poucos meses. A Rússia pode operar como moderadora das negociações e, até certo ponto, oferecer garantias. Diferente dos EUA, a Rússia é considerada neutra e sóbria por todos os lados em conflito naquela região. Os Emirados Árabes Unidos e os sauditas terão de pagar pela carnificina que causaram. Os Emirados Árabes Unidos provavelmente conseguirão os direitos de porto comercial para sua empresa DP World. Os sauditas terão de se contentar com alguma paz nas fronteiras. Mas por enquanto os sauditas provavelmente aceitarão acordo desse tipo – se por mais não for, porque saem com alguma honra e põem fim àquela aventura calamitosa no Iêmen.


Quanto ao porto naval e direitos de erguer uma base russa – são excelentes itens com os quais barganhar nas negociações com os EUA sobre a Síria. Se os EUA insistirem em controlar o leste da Síria, os russos podem enviar alguns submarinos, um destroier e outros combatentes para Áden e instalar ali defesas aéreas e marítimas muito respeitáveis, com a missão de manter a segurança de seus navios e do próprio porto. Se os EUA aceitarem deixar a Síria em paz, nesse caso provavelmente bastará manter em Áden alguma velha corveta russa enferrujada, sem defesas aéreas.

O Pentágono e a Casa Branca têm agora de se decidir: manter a primazia sobre os mares daquela área e viver sob a constante ameaça de uma frota russa que expandirá a própria influência na área pelo simples fato de ali estar [ing. “fleet in being“]. Será que uma sempre problemática ocupação do leste da Síria realmente vale todo esse aborrecimento?

Rio Branco/AC. Vídeo mostra PM's espancando três homens algemados.

Momento em que policial militar bate em homem já algemado com um pedaço de madeira
– Foto: Reprodução
Comando da corporação repudiou ação, afastou e prendeu os policiais envolvidos na prática de tortura.

Imagens captadas por um celular mostram três policias militares agredindo três homens que estavam deitados ao chão e já algemados, em Rio Branco, a capital do Estado do Acre.

O flagrante ocorreu à luz do dia e na frente de diversas pessoas que passavam pelo local. Além de chutes e tapas, as vítimas receberam diversas pauladas, principalmente nas pernas e nas costas.

Os homens gritavam de dor e, por diversas vezes, pediam para que as agressões parassem. A suspeita é de que os PMs abordaram os três homens durante investigações de um roubo de carro.

Confira o vídeo, abaixo:


O vídeo viralizou na internet na última quarta-feira (26/4). Não se sabe, no entanto, a data ao certa do ocorrido. O que se sabe é que o Comando da Polícia Militar do Acre teve ciência recentemente.

Em nota, o Comando da PM afirmou à Ponte Jornalismo que os envolvidos foram identificados e presos, e que um inquérito policial está em aberto. 

O órgão disse, ainda, que a ação “é completamente repudiada pelo comando, oficiais e praças e vai contra a missão constitucional e princípios de Direitos Humanos”.


A reportagem tentou localizar as vítimas das agressões, mas não conseguiu contactá-las.

sábado, 29 de abril de 2017

É grave estado de saúde do estudante de ciências Sociais da UFG, agredido por policial militar.


Foto: Luiz da Luz.  Flagrante da agressão ao Estudante Matheus Ferreira da Silva, 33 anos, curso de Ciências Sociais da UFG .
Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

É grave o estado de saúde do estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos. Agredido por um policial militar durante manifestação no centro de Goiânia (GO), ontem (28), Silva sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.
Segundo o boletim médico que o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) divulgou na manhã de hoje (29), o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado e respirando por aparelhos. Sua família é de Osasco (SP) e deve chegar à capital goiana esta tarde.
Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. 
Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo quando um policial militar o atinge na cabeça, empunhando o cassetete com as duas mãos.

Foto facebook. Matheus Ferreira da Silva, 33 anos, do curso de Ciências Sociais da UFG 
Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de Ciências Sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.
Chefiada pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri, um especialista na área de direitos humanos, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás instaurou um procedimento investigatório para apurar a atuação policial, esclarecer se houve abusos e identificar os eventuais responsáveis.
Invasão de domicílio e homicídio de adolescente
O caso ocorre uma semana após outra grave denúncia contra policiais militares goianos vir a público. Na noite do último dia 17, o estudante Roberto Campos da Silva, 16 anos, foi morto dentro de sua própria casa, durante uma ação policial. 
Três soldados autuados em flagrante foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio (contra o mecânico Roberto Lourenço da Silva, 42 anos, pai do estudante), invasão de domicílio e abuso de autoridade.
Os policiais afirmaram que foram à casa da família do estudante averiguar uma denúncia feita por um homem não identificado que afirmou que o pai de Robertinho estaria armado. 
Segundo depoimento do mecânico e de parentes das vítimas à Delegacia de Investigação de Homicídios, os policiais desligaram o fornecimento de energia elétrica da casa e não se identificaram. 
Ao sair acompanhado pelo filho para ver o que estava acontecendo, Roberto teria percebido a presença dos homens em um carro não caracterizado como pertencente à polícia. 
Temendo serem assaltantes, o mecânico atirou. Segundo ele, com a intenção de assustar os supostos ladrões. Os policiais reagiram e acertaram pai e filho, que ainda conseguiram correr para dentro casa. Segundo as testemunhas, os policiais invadiram a casa e voltaram a disparar contra pai e filho.
Ao determinar a prisão preventiva dos soldados Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior e Rogério Rangel Araújo Silva, o juiz apontou que os policiais violaram o domicílio, sem mandado judicial e sem se identificar.
Em nota em que afirma que uma “família teve sua dignidade violada” durante um “evento que representa o completo aviltamento do sentido de justiça, de garantia de segurança e de defesa da vida”, o Núcleo de Estudos Sobre Criminalidade e Violência cobrou punição aos responsáveis pelo governo de Goiás, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público estadual e Poder Judiciário.
Edição: Valéria Aguiar


Meliantes tentam assaltar Sargento da PM, houve confronto, um bandido morreu e policial foi baleado.

Foto - Whats app.
Circula no whats app, fotos dos acusados e informe que hoje no inicio da manhã, por volta das 6hrs, "A GUARNIÇÃO FOI INFORMADA VIA CIOPS QUE NA AVENIDA O2 DA CIDADE OLÍMPICA HAVIA OCORRIDO VÁRIOS DISPAROS DE ARMA DE FOGO.


A GUARNIÇÃO DESLOCOU-SE ATÉ O LOCAL E  ENCONTROU UM ELEMENTO BALEADO AO SOLO. DE IMEDIATO FEZ-SE O PROCEDIMENTO DE CONDUÇÃO AO HOSPITAL, NO ENTANTO ESTE ELEMENTO VEIO A ÓBITO.

NESSE ÍNTERIM, TOMOU-SE CONHECIMENTO QUE ESTE ELEMENTO QUE FOI SOCORRIDO, EM COMPANHIA DE MAIS OUTRO, TENTARAM ROUBAR UM POLICIAL APOSENTADO QUE TRANSITAVA PELA CIDADE OLÍMPICA. ESTE REAGIU,  TEVE TROCA DE TIROS, ONDE O POLICIAL FOI ATINGIDO NA REGIÃO DO ABDÔMEN E OS DOIS SUSPEITOS FORAM BALEADOS. 

O SEGUNDO SUSPEITO, MESMO BALEADO, HAVIA EVADIDO-SE. O POLICIAL FOI CONDUZIDO AO HOSPITAL. EM SEQUÊNCIA VÁRIAS VIATURAS PASSARAM A REALIZAR BUSCAS NA REGIÃO COM O FITO DE ENCONTRAR O ELEMENTO BALEADO.

O PROCURADO FOI LOCALIZADO EM SUA RESIDÊNCIA, EM POSSE DO REVÓLVER CALIBRE 38 UTILIZADO NO CRIME.  O MESMO HAVIA SIDO BALEADO NO BRAÇO. FOI CONDUZIDO AO SOCORRAO 2 PARA PROCEDIMENTOS EMERGÊNCIAIS E EM SEGUIDA APRESENTADO NO PLANTAO DECOP ONDE FOI AUTUADO EM FLAGRANTE POR ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA, NA FORMA TENTADA."

Foto - CLAUDIO FILHO ALVES DE SOUSA.
*APOS TENTATIVA DE ROUBO COM TROCA DE TIROS E VÍTIMA BALEADA,  POLICIAIS DO 6° BPM PRENDEM AUTOR DO CRIME COM REVÓLVER CALIBRE 38mm NA CIDADE OLÍMPICA.*

VTR CIDADE OLÍMPICA

VTR SÃO BERNARDO.

*VTR: 16-073*

GUARNIÇÃO:  SG:SAMPAIO; CB:RUBEM; SD:ARLISSON

*VTR:16-005*

GUARNIÇÃO: CB:CESAR; SD:GEOVANE


*DATA:* 29/04/2017 

*HORA:* 06:00h

*SIGO:* 3442 - 2017

*OCORRENCIA:* M4179817
*LOCAL:* AV: 02 CIDADE OLÍMPICA. PRÓXIMO FIBROCARNES.


*VÍTIMAS:*
B DA C M M.(SGT POLICIA MILITAR).


*CONDUZIDOS*:
*1*° AUTOR (DESCONHECIDO).
Em óbito.


*2*° CLAUDIO FILHO ALVES DE SOUSA

DATA NASCIMENTO:03/10/1991

RUA 09 QD 103 CASA 08 - CIDADE OLÍMPICA.


*MATERIAL APREENDIDO:*

- 01 (UM) REVÓLVER CALIBRE 38mm DE NUMERAÇÃO
SUPRIMIDA).


- 06 (SEIS) ESTOJOS DE MUNICAO, SENDO 04 DEFLAGRADAS E 2 INTACTAS.

- MOTO HONDA VERMELHA FAN. PLACA(KEE 2561).

- PORTA CÉDULAS COM DOCUMENTOS.

Noite violenta em São Luís, perseguição a assaltantes resulta em quatro mortes.


Fotos Whats app.
Segundo matéria publicada no blog do Eduardo Ericeira, constando inclusive o link do vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=b9NkhNpAd5E), ontem a noite, sexta-feira 28/04, três elementos suspeitos de praticarem assaltos em São Luís envolveram-se em um grave acidente, não ficando claro se o taxista, era cúmplice ou vítima dos demais quadrilheiros. 

Fotos Whats app.
Segundo relatos de terceiros, os assaltantes teriam iniciado sua noite de crimes no Bairro de Fátima, onde os acusados assaltaram várias pessoas, tomando celulares, e "tomaram de assalto o táxi" para fugir.

Fotos Whats app.
Logo após serem informados dos crimes, alguns homens, que seriam policiais à paisana, que estavam numa caminhonete hilux prata, iniciaram uma perseguição ao táxi ocupado pelos assaltantes e o taxista.

Fotos Whats app.
Na Estrada da Vitória, foram disparados vários tiros. Moradores relatam que o tiroteio foi intenso. 
 
Fotos Whats app.
Um dos disparos teria atingido a pessoa que dirigia o táxi, o motorista perdeu o controle da direção, o veículo então capotou, e só parou quando se chocou contra um muro. 

Fotos Whats app.

Três ocupantes do carro teriam morrido na hora, mas as informações dão conta que ninguém resistiu aos ferimentos. Entre eles, os três bandidos e o taxista.

Fotos Whats app.
Populares dizem que  o taxista, teria sido colocado no porta-malas do carro, porém, estranhamente os números da placa do táxi estavam cobertos por fita adesiva. 

Fotos Whats app.
Veja mais algumas fotos divulgadas no whats app desta noite trágica em nossa São Luís.

Fotos Whats app.
Fotos Whats app.
Atualização: Os mortos foram identificados como: Kevin Sousa Cutrim, 26 anos; Gabriel dos Santos, 16 anos; e Flávio Mesquita, 17 anos. Apenas um dos corpos ainda não foi identificado.

A Polícia Civil esteve no local e encontrou apenas um simulacro de arma de fogo com os ocupantes do veículo capotado. Os corpos foram levados para o Instituto Medico Legal (IML), que confirmou que todos morreram vítimas de projéteis de arma de fogo.

Em nota, a SSP informou que “durante a perseguição policial, o carro dos assaltantes capotou, na Estrada da Vitória, no João Paulo, e as quatro pessoas que estavam no veículo vieram a óbito, incluindo o condutor do veículo, que era taxista e conforme apuração da polícia fazia parte da quadrilha”.


A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP) informa que durante a noite de sexta-feira (28) foi realizada uma perseguição policial, iniciada no Bairro de Fátima, a uma quadrilha que assaltou quatro pessoas nessa região. 

As vítimas chamaram a polícia e um policial que mora na região atendeu à diligência imediatamente. Durante a perseguição policial, o carro dos assaltantes capotou, na Estrada da Vitória, no João Paulo, e as quatro pessoas que estavam no veículo vieram a óbito, incluindo o condutor do veículo, que era taxista e conforme apuração da polícia fazia parte da quadrilha. 

Com o taxista foram encontrados documentos, dinheiro, e o número do chassi do veículo estava adulterado com fita adesiva. As vítimas do assalto já prestaram depoimento sobre o caso, e o policial que conduziu a perseguição irá depor nos próximos dias.

Uma greve geral e um 1º de maio precedidos por outra chacina de camponeses (por Jacques Távora Alfonsin).

Divulgação: Secretaria de Cultura do MT.
Os assassinatos praticados contra agricultoras/es sem terra, acampadas/os ou assentadas/os no Brasil, mesmo repetidos com tanta violência e aumento progressivo do número das suas vítimas, não provocam nos Poderes Públicos responsáveis pela segurança das pessoas, nem na maior parte da mídia, a repercussão que toda violação do direito à vida poderia e deveria suscitar.
Faz prova disso mais uma chacina praticada contra agricultoras/es no noroeste do Estado de Mato Grosso. Como resumiu El Pais em sua edição de 25 deste abril, tanto as vítimas, os mandantes, os executores e a motivação deste crime parece não serem muito diferentes tudo quanto a Comissão Pastoral da Terra denuncia, há mais de 30 anos, em suas publicações relativas aos permanentes conflitos fundiários acontecidos no Brasil, sem que providências efetivas sejam tomadas pelos Poderes Públicos:
Na última quarta-feira, nove homens foram mortos com sinais de tortura no vilarejo de Taquaruçu do Norte, uma área rural de difícil acesso, distante 250 km por uma estrada de terra do centro do município de Colniza, a maior cidade da região. Segundo a Polícia Civil, testemunhas afirmam que eles foram alvejados enquanto trabalhavam na terra por homens encapuzados. 
A área era ocupada por cerca de 100 famílias desde os anos 2000, segundo a CPT. Elas já plantavam arroz, feijão, criavam galinha e porco e havia uma pequena vila, com uma mercearia. Segundo a Pastoral da Terra, no domingo os moradores do local sofreram novas ameaças e começaram a abandonar a terra.   {…} 
Segundo o relatório da CPT, que há 32 anos documenta os conflitos e violências no campo, no ano passado 61 pessoas foram assassinadas no país em áreas rurais neste contexto de disputa de terra, 11 a mais do que no ano anterior. 
Também houve um aumento de 86% nas ameaças de morte e de 68% nas tentativas de assassinato. Entre 1985 e 2016 1.834 pessoas perderam a vida em conflitos no campo, mas apenas 31 mandantes desses assassinatos foram condenados. A maior parte dos conflitos, de acordo com a instituição, acontecem na Amazônia legal.
A nota de repúdio ao crime, contudo, assinada pela Prelazia de São Felix do Araguaia, preocupou-se em não deixar dúvidas sobre o contexto político responsável pela indiferença e pela apatia com que barbaridades como essas seguem ocorrendo no país a revelia de enfrentamento condizente. Por sua extraordinária avaliação do contexto passado e atual dessa responsabilidade, entendemos conveniente transcrevê-la na íntegra:
“A Prelazia de São Félix do Araguaia, em reunião com suas/seus agentes de pastoral, seu bispo dom Adriano Ciocca Vasino e o bispo emérito dom Pedro Casaldáliga, na cidade de São Félix do Araguaia – MT, manifesta sua dor, indignação e solidariedade com as famílias assassinadas na Gleba Taquaruçu, município de Colniza – MT, no dia 20 de abril. 
Este massacre acontece num momento histórico de usurpação do poder político através de um golpe institucional, com avanços tão graves na perda de direitos fundamentais para o povo brasileiro que coloca o governo do atual presidente Temer numa posição de guerra contra os pobres, isso refletido de forma concreta nos projetos, como as Medidas Provisórias 215 e 759, que violam direitos dos povos do campo e comunidades tradicionais, como também no acirramento do cenário de violações contra as/os defensores de direitos humanos. Diversos políticos expõem abertamente seus discursos de ódio e incitação à violência contra as comunidades que lutam pelos seus direitos. Vivemos um clima de “Terra sem lei”, uma verdadeira guerra civil em nosso país.
Como consequência, o ano de 2016 foi o mais violento dos últimos 13 anos, apontando para uma perspectiva desoladora no campo. E esta situação de Colniza, onde assassinaram inclusive crianças, nos expõe diante dos objetivos de ruralistas que não temem nada para conseguir as terras que buscam.
As famílias de agricultores da Gleba Taquaruçu vêm sofrendo violência desde o ano de 2004. Neste período, em decisão judicial, a Cooperativa Agrícola Mista de Produção Roosevelt ganha reintegração de posse concedida pelo juiz de Direito da Comarca de Colniza, como anunciada na Nota da Comissão Pastoral da Terra, de 20 de abril deste ano. 
Em 2007, ao menos 10 trabalhadores foram vítimas de tortura e cárcere privado e, neste mesmo ano, três agricultores foram assassinados.Como estão, neste momento, as famílias que vivem em Colniza? O município já foi considerado o mais violento do país. Sabemos que na região existem outros conflitos de extrema gravidade, como o da fazenda Magali, desde o ano 2000, e o conflito na Gleba Terra Roxa, desde o ano de 2004. A população teme que outros massacres possam acontecer.
Clamamos justiça e que os autores desses crimes sejam processados e punidos. A conseqüente impunidade no campo, fruto da omissão dos órgãos públicos, perpetua a violência. Na semana em que lamentamos o massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1997, que vitimou 19 lutadoras e lutadores do povo, somos surpreendidos por outro massacre no campo, que quer amedrontar, calar as vozes e submeter a dignidade do povo brasileiro. Temos a certeza que o massacre ocorrido jamais roubará os sonhos e as esperanças do povo.  E jamais calará a voz das comunidades que lutam. O sangue dos mártires será sempre semente de JUSTIÇA e VIDA!
Pouco importa que a nota tenha identificado a PEC 215 (projeto de emenda constitucional) como se ela se constituísse medida provisória. O efeito que mais interessa extrair-se dessa oportuna e conveniente manifestação é a adequação e a coragem ali expressas para dizer o que, de fato, precisa ser dito: a chacina se insere em ambiente no qual está “havendo usurpação do poder político através de um golpe institucional”, refletido concretamente na perda de direitos fundamentais do povo, colocando o governo do presidente Temer “numa posição de guerra contra os pobres”, abrindo chance aos discursos de ódio contra “comunidades que lutam pelos seus direitos.” Por que o Ministério da Justiça e, ou, o dos Direitos Humanos não têm nada a dizer sobre isso?
A pauta de reivindicações inspiradora da greve geral de sexta-feira que vem, e das comemorações de 1º de maio deste, tem de inscrever mais esse ponto de lamentável lembrança: são indispensáveis e urgentes as medidas a serem tomadas pelo Estado e a  sociedade civil  para se barrar o crescimento progressivo, no Brasil,  dos crimes de ameaça e de violações dos direitos humanos fundamentais do povo trabalhador e pobre, que estão retirando da Constituição e das leis –  de todos os seus efeitos,  consequentemente –  conquistas históricas deste mesmo povo.
Contra os poderes políticos e econômicos hoje voltados contra elas, ainda não são suficientes mobilizações massivas como as planejadas para o dia 28 deste mês e 1º de maio. Com a ressalva de melhor juízo sobre nossa realidade atual, urge um esforço diuturno de conscientização e ação da população vítima desses poderes, organizando e reunindo força ético-política bastante para barrar-lhes a macabra modalidade da sua ação a serviço da morte, até aqui impune, como costumeiramente acontece no Brasil. 
Que o custo do sangue e de vidas como as dos agricultores assassinados em Colniza, não nos amedronte, não nos cale, nem submeta a nossa dignidade, como diz muito bem a nota da Prelazia de São Felix do Araguaia.
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Jacques Távora Alfonsin é Procurador do Estado aposentado, Mestre em Direito pela Unisinos, advogado e assessor jurídico de movimentos populares.