terça-feira, 31 de maio de 2016

Campos de concentração nos Estados Unidos (por Marino Boeira).

Foto - japanese american internment center
Como os nazistas durante a guerra e os russos durante a época de Stálin, os Estados Unidos também tiveram seus campos de concentração. Não estamos falando de Guantánamo, na ilha de Cuba, onde são mantidos presos, sem julgamento e submetidos a um regime de isolamento total, dezenas de prisioneiros árabes, vagamente acusados de terrorismo. Falamos de imensos campos de prisioneiros dentro do território norte-americano.
Episódio pouco lembrado pelos que insistem em ver nos Estados Unidos um modelo de democracia que respeita os direitos humanos, os campos de concentração americanos, distribuídos pelos estados da Califórnia, Arizona, Wyoming, Idaho, Utah e Arakansas, são mais uma nódoa na imagem americana.
Logo depois do ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941,o governo norte-americano decidiu criar campos de concentração, principalmente na Califórnia, onde foram confinados durante o restante da guerra cerca de 120 mil pessoas, na sua maior parte de etnia japonesa, embora mais da metade delas fossem cidadãos norte-americanos.
Estes campos estiveram ativos de 1942 a 1948 e receberam também descendentes de japoneses de países da América Latina. Foram 2.264 pessoas, a maioria do Peru, mas também da Bolívia Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá e Venezuela.
Durante a guerra, 860 desses japoneses latinos foram trocados por prisioneiros americanos feitos pelo Japão e mais tarde, ao final do conflito, 900 foram deportados para o Japão.
As famílias de etnia japonesa nos Estados Unidos recebiam um prazo de 4 dias para se desfazerem de seus bens, antes de serem internados nos campos de concentração, de onde não poderiam sair até o final da guerra.
Os campos foram construídos longe de áreas habitadas e obedeciam a medidas extremas de segurança. Eram cercados com arame farpado e vigiados por guardas armados com ordens de abater os que tentassem fugir.
Uma grande campanha de mídia levou o parlamento a apoiar essas medidas, assustando as pessoas com o “perigo amarelo”.
Um exemplo disso é esse comentário do jornal Los Angeles Times na época:
“Uma víbora é uma víbora, sem importar onde se abra o ovo. Do mesmo jeito, um japonês-norte-americano, nascido de pais japoneses, converte-se num japonês, não num norte-americano”.
Quando a paranoia contra os estrangeiros se tornou quase incontrolável nos Estados Unidos, se cogitou também internar nos campos de concentração alemães e italianos que viviam no país, mas houve tantos protestos que o governo norte-americano desistiu, argumentando que a estrutura econômica dos Estados Unidos ver-se-ia afetada e que o moral dos cidadãos descendentes de alemães e italianos decairia.
Somente em 1988, durante o governo Reagan, os Estados Unidos pediram desculpas oficiais às famílias dos internados e ofereceram uma compensação de 20 mil dólares para os seus sobreviventes.
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Marino Boeira é professor universitário.
Link: http://www.sul21.com.br/jornal/campos-de-concentracao-nos-estados-unidos-por-marino-boeira/

domingo, 29 de maio de 2016

Iraque - tropas governamentais fecham o cerco na operação da libertação de Fallujah.

Foto - http://www.presstv.ir/Detail/2016/05/29/467951/Iraq-Fallujah-Daesh-Rasool-Yahya-Hit

Forças militares iraquianas cercaram a cidade de Fallujah como parte de uma grande operação para libertar o centro da a cidade do domínio do grupo terrorista Daesh Takfiri.  "Estamos avançando e intensificando o cerco", disse o porta-voz do Ministério da Defesa iraquiano Brigadeiro Rasool Yahya, acrescentando: "Nossas forças isolaram e cercaram totalmente a cidade de Fallujah", Yahya disse à televisão Al-Jazeera de Qatar.

A primeira fase da operação de libertação já foi concluída, ele disse, acrescentando: "Temos conseguido atingir os nossos objetivos."

Foto - http://www.presstv.ir/Detail/2016/05/29/467951/Iraq-Fallujah-Daesh-Rasool-Yahya-Hit


O líder de unidades de Mobilização Popular (Hashid al-Shaabi) na província de Anbar anunciou neste sábado o início da segunda fase da libertação de Fallujah que já dura uma semana desde que a batalha começou.

A preocupação é com os cerca de 50.000 civis que continuam presos na cidade, com as Nações Unidas informando que tem relatos de pessoas que morrem de fome e sendo fuziladas por se recusarem a lutar pelo Daesh.

Ontem, sábado, as forças iraquianas disseram que tinham encontrado túneis subterrâneos cavados pelos extremistas para se aproximar e escapar da linha de frente em Fallujah. 

Força militar dos Estados Unidos baseadas em Okinawa (Japão) estão sob toque de recolher após estupro e assassinato de uma jovem japonesa


Lawrence Nicholson, o chefe das forças dos EUA em Okinawa, fala durante uma conferência de imprensa em Camp Foster em Okinawa em 28 de Maio, de 2016.
Lawrence Nicholson, o chefe das forças dos EUA em Okinawa, fala durante uma conferência de imprensa em Camp Foster em Okinawa em 28 de Maio, de 2016.

As forças americanas estacionadas na ilha de Okinawa no Japão vão ser colocadas sob um toque de recolher de um mês de duração após o estupro e assassinato de uma mulher japonesa por um ex-fuzileiro naval dos EUA, disseram autoridades.
Lawrence Nicholson, o chefe das forças dos EUA em Okinawa, informou na segunda-feira que um toque de recolher noturno e alguns outros regulamentos liberdade entrará em vigor por um mês.
“Este período de unidade e de luto irá incluir o adiamento de todos os festivais, festas e concertos em nossas bases e estações”, acrescentou.
Isso veio depois de o presidente dos EUA, Barack Obama expressou seu pesar sobre o crime Okinawa e descreveu-o como “imperdoável”.
“Os Estados Unidos vão continuar a cooperar totalmente com a investigação e garantir que a justiça seja feita no âmbito do sistema legal japonês”, disse Obama em uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, na quarta-feira.
O ex-fuzileiro naval americano Kenneth Gadson foi preso em 19 de maio em conexão com a morte de uma mulher de 20 anos de idade, Rina Shimabukuro, que desapareceu no final de abril.
Seu corpo foi encontrado jogado em uma área arborizada perto da base aérea dos Estados Unidos, onde o soldado de  32 anos estava servindo como um empreiteiro civil.
A polícia encontrou DNA correspondentes na mulher morta de dentro de um carro pertencente a Gadson.

Ativistas participar de uma manifestação para protestar contra a presença militar dos EUA em Okinawa, em Washington, DC, em 26 de maio de 2016. © AFP

De acordo com seu advogado, Gadson confessou estuprar e matar mulheres.
Abe e uma série de outras autoridades japonesas expressaram indignação sobre o crime ao embaixador dos EUA para o Japão Caroline Kennedy, que também foi convocado para nota do governo do protesto.
O incidente ocorreu apenas dois meses depois de um marinheiro da Marinha dos EUA foi preso por estuprar uma turista japonês que havia adormecido no corredor de um hotel em Okinawa.
Mais da metade dos 47.000 militares dos EUA no Japão estão estacionados em Okinawa. Estupros e outros crimes por membros do serviço dos EUA provocou protestos locais no passado.
Em 1995, o rapto e estupro de uma menina de 12 anos de idade por três militares americanos desencadearam enormes protestos, o que levou Washington a prometer esforços para fortalecer a disciplina da tropa para prevenir esses crimes e reduzir os crimes de soldados dos EUA na ilha.

sábado, 28 de maio de 2016

A Russia baseia sua doutrina de defesa em armas hipersônicas.

Foto - Rede Voltairenet.org
Na Europa e na Ásia, os militares dos EUA tem implantado um pequeno contingente de soldados que não pode acionar apenas, ou mesmo em conjunto com os exércitos aliados, a invasão da Rússia. Os Estados Unidos, cujo controle dos mares era um dos objetivos de guerra em 1941 [1], bom para sete décadas através de sua força naval, três vezes maior que o da Rússia, capazes de intervir em qualquer lugar do mundo. De acordo com o Pentágono, deve ser de doze super porta-aviões para controlar todos os oceanos, a Marinha possui atualmente dez e constroe três outros. O Pentágono também tem uma enorme ordem de centenas de navios, especializada na implantação de divisões de operações marítimas, veículos blindados, forças de operações especiais, para participar de uma possível invasão da Rússia. Portanto, os grupos navais expedicionárias US, organizados em torno de porta-aviões, navios de desembarque anfíbio e comboios navais de tropas e equipamentos militares, são considerados o maior risco para a segurança da Rússia.

Os grupos navais e tropas americanas desembarcando de navios a partir dos navios de transporte são protegidos por vários tipos de escudos balísticos. Este é o sistema naval AEGIS, armados com mísseis SM-3 Bloco 1B que neutraliza de mísseis balísticos em vôo de cruzeiro em altitudes entre 100 e 150 km. Este sistema é montado em destróieres Aegis e cruzeiros estão adicionando escudo de mísseis balísticos instalado na Polônia e na Romênia. Além disso, os THAAD forças terrestres do sistema móvel é responsável por defender os navios de desembarque. Estes sistemas são projetados para atingir mísseis balísticos no início da fase de entrada na atmosfera em altitudes entre 80 e 120 km. Acrescente a isso o móvel baterias de mísseis AA tipo de longo alcance Patriot, com capacidades antibalísticos contra mísseis na fase final de sua trajetória, a uma altitude de 35.000 metros. [2]

A classificação dos aviões em vôo na atmosfera da Terra é feita de acordo com a faixa de velocidade. são distinguidos:

- As aeronaves voando a uma velocidade subsónica (até de 1220 km/h ou Mach 1)

- Aviões supersónicos cuja velocidade é entre Mach 1 e Mach 5 (até 6000 km/h)

- E hypersonic aeronaves voando a velocidades entre Mach 5 e Mach 10 (ou seja, até de 12 000 km/h).

Os russos descobriram que o míssil anti-balístico US pode interceptar qualquer míssil hipersônico na mesosfera (entre 35 000 e 80 000 m).a nova doutrina de defesa da Rússia estabelece que o antídoto russo para os comboios expedicionárias navais e grupos dos EUA, representado por meios militares de vôo hipersônico a uma altitude de 35 000 a 80 000 metros.

O Ministério da Defesa russo alocou US $ 2 a US $ 5 bilhões para a Fundação de Pesquisa Avançada (ARF) - o equivalente russo da DARPA Pentagono - para projetar uma variedade de meios hipersônicos derivados do aparelho espaço Yu-71 ( projeto 4202). De 2011 a 2013, Yu-71 foi testada em túneis de vento, e, a partir de 2013 até abril 2016 os testes foram realizados na atmosfera, iniciada por luz mísseis estratégicos UR-100 e R-29RMU2. O Yu-71 é um pouco semelhante ao projeto de HTV-2, que foi abandonado pelos Estados Unidos em 2014.

O artefato espacial Yu-71 provou que era capaz de voar a uma velocidade de 6000 -11.200 km/h para uma distância de 5.500 km a uma altitude de cruzeiro abaixo de 80.000 m. Era chamado de planador espacial, porque ao contrário de mísseis balísticos, que tem uma relação de arrasto de quase 5:1  que lhe permite receber impulsos repetidos de um motor de foguete, executando e trajetória manobras ascendentes.

Foto - Rede Voltairenet.org


Fora do motor de foguete que permite arranques repetidos e pára, o planador espaço Yu-71 está armado com ogivas independentes, com sistemas autônomos de orientação semelhante ar-terra mísseis Kh-29 L / T e Kh-25 T. A doutrina militar russa prevê que o ataque contra a frota de invasão dos EUA será executado em três ondas, em três fileiras, evitando o grupo expedicionário naval para posicionar-se perto da costa russa do mar Báltico.

- A primeira onda de rotação de armas hipersônicos Espaço Glider Yu-71, e dispostos na propulsão nuclear submarino russo imerso no meio do Atlântico, pode lutar com o porta-aviões, o porta-helicópteros, submarino de ataque, os vasos de proteção de carga expedicionárias grupos navais, logo que eles começam a sua viagem através do Atlântico para a Europa.

- A segunda onda de armas hipersônicos seria lançado nos grupos navais norte-americanos, quando eles vão ser de 1 000 km da costa leste do Oceano Atlântico. O ataque seria lançado a partir dos submarinos russos instalados no Mar de Barents, ou o míssil estratégico básico Plesetsk, localizado perto do Círculo Polar Ártico e no Mar Branco.

- A terceira onda de armas hipersônicos seria lançado em grupos navais inimigas quando chegam ao Skagerrak (atravessando o Mar do Norte ao Mar Báltico). O ataque será executado com mísseis hipersônicos 3M22 Zirkon, impulsionado pelo motor Scramjet lançado de aeronaves russas Zirkon tem uma velocidade de Mach 6.2 (6500 kmh) a uma altitude de cruzeiro de 30.000 m e energia cinética o impacto com o alvo 50 vezes maior do que os mísseis ar-mar existentes e mar-mar.

Foto - Rede Voltairenet.org
A Rússia também está desenvolvendo uma variante arma hipersônico derivado de Yu-71 capaz de ser lançado a partir do russo aeronaves militares pesados ​​de transporte Il-76MD-90A (II-476). Esta aeronave tem um alcance máximo de vôo de 6300 km e pode ser fornecido em vôo. Enquanto leva os grupos navais norte-americanas de cinco a seis dias para alcançar o Mar Báltico, o avião Il-76MD-90A pode chegar em poucas horas a cada três alinhamentos calculados para o lançamento de armas hipersônicos. Embora este seja um segredo bem guardado, parece que a arma hipersônico é lançado pela porta do avião Il-76MD-90A, a uma altitude de 10 000 m e tem um pára-quedas de estabilização mantido numa posição vertical até que o arranque do motor do foguetão. Desde 50% míssil de combustível é usado para rasgar o chão e levantar em camadas extremamente densas da atmosfera até 10 000 m peso do lançador eo planador espaço é metade o de um míssil balístico R-29RMU2 leve, que pesa 40 toneladas.

Suspenso em 1992, os vôos de bombardeiros estratégicos Tu-160 e Tu-95 e Il-76 aeronaves (vôo se transformou em navios-tanque de abastecimento de IL-78), foram retomadas desde 2012 ao longo da costa atlântica e no Pacífico. Um dos seus objetivos é capacitar as equipes para futuras missões de entrega de armas hipersônicos.

Autor Valentin Vasilescu.

tradução - Avic. Rede internacional (tradução google).

Os Estados Unidos a nova Guerra Rede-Cêntrica e as Revoluções Coloridas.

Net-centric-warfare
Foto - Orientemídia.org 
25/2/2016, Prof. Dr. Vladimir Prav, SouthFront.

Traduzido por Vila Vudu.

Entre os conceitos da luta geopolítica contemporânea invariavelmente se encontram itens relacionados à criação e à formação de “redes”. O sentido da “rede” ou de um “princípio do trabalho em rede” está na troca de informações, na máxima expansão possível da produção, acesso e distribuição da informação, e na respectiva realimentação [ing.feedback]. A “rede” é o principal elemento do espaço informacional, no qual as operações de informação são levadas a efeito, para alcançar objetivos políticos, econômicos, informacionais, técnicos e militares. Uma “rede” como sistema, na acepção global do termo, inclui vários elementos que antes sempre foram vistos como fenômenos não comunicantes.

O princípio básico das modernas lutas geopolíticas é o princípio do “rede-centrismo” [ing.“net-centrism”]. Esse princípio baseia-se em três postulados.

1. O mundo moderno é definido não só por corredores de transporte com fluxos associados de bens e serviços, mas também por redes informacionais e comunicacionais, que formam o esqueleto do espaço global de informação.

2. O processo histórico é processo unificado, global, de conflito, de mútua ajuda ou de coexistência neutra de sociedades humanas organizadas por princípios hierárquicos (verticais) e também por princípios horizontais (de rede), com os princípios rede-cêntricos (horizontais) chegando, no futuro, provavelmente, à posição dominante. Estruturas verticais e horizontais-de-rede, com diferentes origens, propósitos, força numérica, limites geográficos e temporais e status legal, são os objetos e os sujeitos do processo histórico global cujas interações facilitam a emergência de novas estruturas e conexões.

3. As redes artificiais (eletrônicas) em desenvolvimento dinâmico que se entrelaçam e interagem com redes psicossociais e resultam num fenômeno social qualitativamente novo – são traço único, específico do esqueleto da rede informacional da futura sociedade global. 

Esse fenômeno é identificado dentro do conceito rede-cêntrico de guerra informacional, como SPIN – Segmented, Polycentric, Ideologically integrated Network [Rede Segmentada, Policêntrica, Ideologicamente Integrada, RSPII]. Deve-se observar que a empresa Microsoft ofereceu definição mais precisa do mesmo fenômeno, a saber, “sistema nervoso eletrônico”, SNE [“Electronic Nervous System, ENS”].

O principal ator global que usa sistematicamente o princípio rede-cêntrico na luta geopolítica é os EUA. Seus agentes executivos são as agências estatais, corporações e estruturas internacionais de rede.

As estruturas internacionais de rede, usualmente referidas como “atores por trás do palco”, e que são os iniciadores básicos do processo de globalização, são, em essência, uma rede de ONGs muito influentes que formam a supercomunidade ideológica dos globalistas euro-atlânticos (ou “ocidentais”), fechada aos ‘de fora’.

Tal estrutura de rede pode exercer grave pressão sobre todo o ambiente, o sistema financeiro e a economia políticos globais, mediante seus representantes e entidades internacionais de nível inferior. Pode também tomar e implementar decisões para afetar alguma mudança de regime e o curso do desenvolvimento de países selecionados.

Contando com a mobilização de agentes rede-cêntricos localizados sob controle daqueles representantes, a “supercomunidade” dos globalistas euro-atlanticistas pode tomar decisões “soft” claramente definidas e coordenadas, numa ampla gama de problemas políticos domésticos e internacionais. 

A direção e o controle globais podem ser afetados graças à existência dessa organização meta-rede-cêntrica, distribuída e hierarquicamente ordenada, cujos escalões superiores são representados por redes que pertencem à “supercomunidade” ocidental. Os indivíduos que são comandados podem até nem compreender que estão sendo comandados, mas mesmo os que compreendam não conseguirão ver de onde emanam as ‘instruções’ e quem é responsável por elas.

O principal conteúdo de todas as “guerras rede-cêntricas” consiste de “operações com bases em efeitos” (OBE) [ing. “effects-based operations” (EBO)]. Esse é o mais importante conceito em toda a teoria da guerra rede-cêntrica desenvolvida nos EUA. As Operações Baseadas em Efeitos, OBEs, são definidas pelos especialistas norte-americanos como “uma combinação de ações que visam a formar um específico modelo de comportamento entre amigos, forças neutras e inimigos, em situação de paz, de crise e de guerra” (Edward A. Smith, Jr. Effects based Operations. Applying Network centric Warfare in Peace, Crisis and War, Washington, DC: DoD CCRP, 2002.).

O principal resultado das Operações Baseadas em Efeitos, OBEs, é possibilitar que se estabeleça pleno e absoluto controle sobre todos os grupos envolvidos no conflito (inclusive em conflitos armados), para que seja possível manipulá-los sob quaisquer circunstâncias. Inclusive quando o conflito já esteja em andamento, quando ainda não passe de ameaça e também quando reine a paz.

A essência da “guerra rede-cêntrica” é que não tem começo nem fim, é perene e permanente, e seu objetivo é assegurar que os grupos ou partidos que conduzam a guerra tenham capacidade para manter controle amplo e abrangente sobre todos os atores internacionais. Quando as redes são incorporadas, países, nações, exércitos, governos são privados de qualquer traço de independência, de soberania e até de existência autônoma; as redes os convertem em conjuntos firmemente controlados, objetos programados.

A guerra rede-cêntrica movida por Operações Baseadas em Efeitos, OBEs, permite implementar um novo modelo de controle planetário direto, de domínio global de novo tipo, no qual o conteúdo, a motivação, as ações e intenções de atores internacionais são, todos, submetidos a um comando externo.

É projeto para manipulação global e controle total, em escala mundial. Sequer é segredo. É perfeitamente claro já na definição de Operações Baseadas em Efeitos, OBEs. Um dos objetivos das OBEs é formar uma estrutura de comportamento, não só entre amigos, mas que também inclua os ‘neutros’ e até os inimigos. Em outras palavras, inimigos e ‘neutros’ agem conforme um cenário que lhes é imposto; e são dirigidos, não pelo próprio desejo, mas pelo desejo dos executores da OBEs.

Se inimigos, amigos e ‘neutros’ fazem o que os EUA querem que façam, tornam-se fantoches já antes de serem derrotados. A batalha está ganha, mesmo antes de começar.

As OBEs são conduzidas simultaneamente com operações militares, durante crises e também em tempos de paz, o que reflete o caráter total das guerras rede-cêntricas.

O objetivo estratégico de uma guerra rede-cêntrica é o controle absoluto sobre todos os participantes do processo político em escala global. O seu objetivo tático é estabelecer o controle geopolítico, pelo agressor, sobre os agentes do estado-vítima; e a ‘transferência’ acontece, em grande medida, de modo voluntário, como se o alvo estivesse realmente escolhendo fazer o que faz, porque o ataque não é percebido como agressão, mas, sim, como impulso na direção de mais desenvolvimento.

É o que torna a guerra rede-cêntrica muito mais complexa para ser posta em andamento, que qualquer tradicional guerra ‘quente'; mas a guerra rede-cêntrica é, contudo, muito mais efetiva. Os resultados de “guerras quentes” acabam por ser confrontados e desconstruídos, ou se diluem ao longo do tempo (como se viu claramente no caso da 1ª Guerra Mundial e, especialmente, da 2ª). Os efeitos das guerras rede-cêntricas podem perdurar durante séculos, até que se modifiquem as necessidades do agressor. O principal front da guerra rede-cêntrica é o espaço mental; o objetivo do agressor é destruir valores tradicionais da nação-alvo, para implantar valores tradicionais dele [do agressor].

Para ver que esse tipo de guerra está em andamento e a estrutura que ela segue, não basta avaliar o nível de consciência das massas. Se a elite política de uma dada sociedade que tenha sido tomada como alvo de uma guerra rede-cêntrica não for suficientemente qualificada para identificar esse tipo de agressão e organizar resistência adequada, toda a sociedade está condenada a sofrer esmagadora derrota geopolítica.

Especialistas já observaram outra característica peculiar das guerras rede-cêntricas, a saber, a ausência de estruturas rígidas na entidade agressora. Gostaríamos de acrescentar que isso se deve ao alto grau de heterogeneidade nos elementos institucionais daquela entidade. Indivíduos e elementos estatais e não estatais comparativamente autônomos do agressor não são parte de alguma hierarquia vertical; em vez disso, são conectados por interações irregulares horizontais. A ausência de hierarquia e a regularidade das interações tornam difícil identificar claramente a existência e as atividades do agressor.

Dada a natureza peculiar da Guerra Rede-Cêntrica (GRC) (ing. NCW (Net-Centric Warfare), a estrutura tecnológica (ou a soma total das tecnologias sociais usadas para atacar a sociedade-alvo) é muito complexa. As tecnologias da Guerra Rede-Cêntrica incluem “combinações e intrigas em vários passos, cujos instigadores não são claramente evidentes, um amplo espectro de meios para influenciar, e o uso de indivíduos que ignoram completamente o papel que desempenham (e, até mesmo, que desempenham algum papel.”

Mais importante, segundo especialistas norte-americanos, a Guerra Rede-Cêntrica numa era pós-industrial informacional difere das guerras ordinárias da era industrial moderna, por causa do desejo que anima a Guerra Rede-Cêntrica, de apropriar-se de territórios e recursos, sem praticamente nenhum derramamento de sangue.

O objetivo nesse caso é manter inabalada a imagem de “democracias desenvolvidas” que conduzem a Guerra Rede-Cêntrica (GRC) numa grande variedade de contextos geopolíticos, sob o disfarce de garantir proteção a direitos humanos. Numa era de total “humanização”, não se recomenda conduzir operações de combate sanguinolento. A sociedade mundial dorme melhor, se tudo parecer limpo e desinfetado.

Graças às modernas tecnologias e à experiência acumulada, até genocídios podem ser feitos sem câmaras de gás e sem tiroteios para execuções em massa. Basta criarem-se condições para reduzir o número de nascimentos e aumentar o número de mortos jovens.  Também é possível alcançar retumbante sucesso, se a população for ativamente imbecilizada, mudando-se seus padrões tradicionais e comportamentos, de modo que até a escalada mais escandalosa (para outros) dos eventos de violência passe a ser considerada normal ou perfeitamente explicável por ‘critérios’ que todos estejam convencidos de que (i) compreendem perfeitamente e de que (ii) fazem perfeito sentido.

Uma das características da Guerra Rede-Centrica hoje, em mundo globalizado, são as “revoluções coloridas”.

Uma Revolução Colorida (RC) é operação rede-cêntrica, cujo objetivo é derrubar regimes políticos existentes em outros países. Baseia-se no conceito de “métodos de luta não violenta” desenvolvido por George Sharp nos anos 1980s (produto do ‘engenho’ norte-americano, uma das várias tecnologias rede-cêntricas).

O conceito de Revolução Colorida implica estabelecer pleno controle sobre um país e respectivo território, se possível sem usar força armada. É objetivo que pode ser alcançado graças ao “soft power” [força suave] que o cientista político norte-americano Joseph Nye Jr. define como a capacidade do Estado (ou de uma aliança ou coalizão) para alcançar objetivos internacionais desejados, mediante a persuasão, não a supressão, a imposição ou o compelir – procedimentos característicos do “hard power” [força bruta].

A força suave [também dito “poder suave”] alcança o efeito que deseja alcançar, porque induz outros a aderir a determinadas normas internacionais de comportamento, que levam a um resultado desejado, sem aplicação de força bruta.

Consequências da Revolução Colorida

Para Estados e sistemas políticos, a Revolução Colorida inclui vários traços de ações típicas do colonialismo.

Os interesses da sociedade-alvo não são levados em consideração (são dados por “mudança descartável” [orig. “spare change“]).

Os primeiros a serem varridos do cenário (e frequentemente varridos literalmente do mundo dos vivos) são os “revolucionários”. Gente que sinceramente começa por crer nos ideais da Revolução Colorida, sem suspeitar de que aqueles ideais foram introduzidos nas discussões da sociedade em que eles vivem, expressamente para servir como combustível para a Revolução Colorida, é gente também descartável. 

A própria sociedade é desestabilizada, as fundações da sociedade são minadas, o respeito pela ordem constituída desaparece, crescem as insatisfações, e a economia é completamente desnorteada, afastada de qualquer normalidade. Essas são as condições ideais para impor modelos sociais ‘ocidentais': os EUA entram no país.

Nenhuma Revolução Colorida jamais trouxe qualquer benefício às forças políticas ou à sociedade do país alvo. O único beneficiário, até hoje, de todas as Revoluções Coloridas que o mundo conheceu sempre foram, e são, os EUA – que estabelecem ‘controle suave’, sem dor, não violento, sobre aquele seu novo território.

A Geórgia moderna é exemplo disso. Perdeu a própria soberania depois da “Revolução Cor-de-rosa”, que desencadeou graves transformações no país, desestabilizou a sociedade e resultou, para o país, na perda de cerca de 20% do próprio território. A Geórgia é a mais importante cabeça de ponte dos EUA no Cáucaso. Isso, por vários motivos:

– A Geórgia é um elemento do istmo do Cáucaso, pelo qual a Rússia obtém contato direto com o Irã, país com o qual os russos querem muito estabelecer relacionamento estratégico.


– A Geórgia é base para acumular força e para projetá-la por toda a região do Cáspio, incluindo a Rússia.

– A Geórgia é país de passagem para recursos de energia, a partir do Cáspio, para a Europa.

Sempre com vistas ao objetivo primordial da geopolítica dos EUA relacionado à Rússia e ao Cáspio, os EUA afastaram a Geórgia dos últimos vestígios de influência geopolítica da Rússia, e puseram a país diretamente sob o controle direto da geopolítica norte-americana. 

A Geórgia adotou um vetor atlanticista de desenvolvimento e perdeu as últimas migalhas que lhe restavam da própria soberania.


E há inúmeros outros importantes fatores:

1. Os EUA procuram estabelecer controle militar e estratégico direto sobre o Azerbaijão e a Armênia. Líderes do Azerbaijão não têm dúvidas de que os ‘comícios’ da oposição em março de 2011 e as tentativas planejadas de fazer descarrilar a ordem constitucional existente foram organizadas fora do país.

2. Para assegurar alguma parceria com a União Europeia e, particularmente, com a Alemanha, os EUA criaram um cordão sanitário que vai dos mares gelados do norte, através dos estados do Báltico, Ucrânia e Moldávia, até a Geórgia. A Bielorrússia é no momento uma brecha naquele cordão, e a Polônia já foi empurrada para vedar a brecha. 
O ‘cordão’ – Ucrânia, Latvia, Lituânia, Estônia, Moldávia e Geórgia, que separa a Rússia, da Europa – foi criado pelos EUA para alcançar seus mais altos objetivos geopolíticos, mediante um movimento sequencial de Revoluções Coloridas naqueles países, como parte da Guerra Rede-Cêntrica contra a Rússia.
Nos últimos 20 anos, EUA e OTAN transformaram a Ucrânia em país hostil à Rússia, também mediante o uso de tecnologias rede-cêntricas. O golpe de 2014 e a guerra civil de 2014-2015 foram iniciados pelos EUA, que também garantiram apoio informacional, financeiro e militar. Hoje, as políticas interna e externa da Ucrânia são absolutamente anti-Rússia.

3. O Uzbequistão e o Quirguistão permaneceram como plataformas chaves da presença geopolítica dos EUA na Ásia Central. Os EUA nunca abandonarão o projeto de estabelecer pleno controle sobre toda a região. Periodicamente providenciarão para desestabilizar a situação ali, para manter sob controle o Uzbequistão e o Quirguistão.

Em todos os casos, os golpes “de veludo” mal sucedidos, como se viu acontecer no Uzbequistão, ou a praticamente incompreensível “revolução em cascata” no Quirguistão, são seguidos de cenários de endurecimento crescente. O nível de pressão é gradualmente aumentado. O cenário “de veludo” é substituído por comando de linha cada vez mais dura, incluindo confrontos entre cidadãos e a Polícia, primeiros mortos, pogroms, e então, como regra, todo o quadro social se esfacela, rachado por linhas étnicas – porque esse é o tipo de conflito mais difícil de superar. 

Essas ações são acompanhadas pela criação paralela de vários epicentros de instabilidade social, o agravamento de problemas econômicos, disrupções no tecido social, e polarização da política doméstica em geral. O objetivo é forçar os líderes desses países a aceitar que perderam o controle, que já não têm poder algum.

Resultado, o território do país atacado passa a viver, na prática, sob controle dos EUA. A Revolução Colorida, se for completamente bem-sucedida ou medianamente bem-sucedida, é acompanhada de abordagens mais diretas, as quais, afinal, levam a operações militares – como se viu mais recentemente no Iraque e na Líbia.

Dado que é potência nuclear, a Rússia é considerada por EUA e OTAN um dos principais adversários geopolíticos. O objetivo geopolítico mais crucialmente importante, hoje, dos EUA, é conseguir ‘mudança de regime’ na Rússia, vale dizer, derrubar o governo de Vladimir Putin.

Analistas norte-americanos creem que, no momento, a Ucrânia, o Cáucaso e a Ásia Central são os melhores pontos a serem explorados pelos EUA para aprofundar a pressão contra a liderança russa. Por isso os EUA continuarão a trabalhar para manter alto o potencial para confronto violento nessas áreas, até que encontrem outra nova fonte de conflito possível em território russo, que possam explorar, com vistas a insuflar mais e mais separatismos. 

Qualquer outra possível fonte, a ser insuflada de fora para dentro, e que faça aumentar a pressão sobre a liderança russa.*****



OTAN x Rússia: Rumo ao confronto.



Enquanto se aguarda a Conferência  da OTAN que será realizada nos dias 8 e 9 de Julho em Varsóvia, os Estados Unidos e a OTAN estão a aumentar as suas ações agressivas contra a Rússia.

Se por um lado, as forças da OTAN têm fortalecido seriamente suas posições na Europa Oriental junto às fronteiras da Rússia. A OTAN também já implantou quatro novos batalhões e novas unidades continuam a chegar na região. Um sistema anti-míssil também foi implantado na Polônia, registramos que o Presidente Andrzej Duda afirmou claramente que a OTAN está em casa neste país.

A ultima implantação consta na Bulgária nos últimos dias, onde cerca de 150 US Navy Seals foram baseados, sugerindo em termos pouco velados que a Criméia russa poderia ser seu alvo.

Por outro lado, a Força Aérea dos Estados Unidos vem multiplicando as suas provocações contra a Rússia, citamos como exemplo, em 22 de maio, um avião espião dos EUA quase colidiu com um avião de passageiros no Mar do Japão, perto da Rússia; Esta é mais uma de vários desses incidentes, como quando um caça russo interceptou em maio também, aviões de reconhecimento dos EUA no mar Báltico e no Kamchatka.

A Síria também foi escalada no jogo norte-americano, foi identificado cerca de 200 US-comandos no terreno, sem a autorização do presidente Assad, a única autoridade legítima no país. mesmo que os Estados Unidos venha reafirmar que a retirada de Assad continua a ser a sua meta principal, o que significa que eles vão continuar a armar os famosos "terroristas moderados" que a Rússia também enfrenta na Síria. O risco de confronto direto com as forças russas, no local junto com Assad estão se multiplicando.

Além disso, recentemente foi enviado 177000 coletes "à prova de balas" pelos militares dos Estados Unidos para a Syria o que pode sugerir que a OTAN está a preparar "algo" ...

Neste contexto de crescente militarização, o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg anunciou que "as grandes decisões serão tomadas na próxima Conferência  da Aliança Atlântica agendada para 8 e 9 de julho em Varsóvia para reagir à nova situação segurança, particularmente tendo em conta "medidas agressivas" da Rússia ".

Politicamente, todos nos Estados Unidos vociferam em seus discursos sobre a "agressividade da Rússia" e o "perigo" que representa para os Estados Unidos e o mundo.

A Rússia não permanecerá inerte a estas provocações e Sergey Lavrov afirmou claramente que qualquer agressão resultará em uma pronta resposta.

Nos próximos meses pode muito bem haver um enfrentamento, portanto, operações militares podem desembocar em um conflito maior.

Embora nos últimos meses, houvesse um quase-consenso no seio do governo russo para o fato de que Obama, em final de governo, não arriscaria um confronto direto com a Rússia, hoje alguns já pensam diferente que ele poderia muito bem decidir o contrário, em vez de somente completar o seu mandato. 

De acordo com informações dos Estados Unidos, Obama teria dito a um comité restrito "Reagan derrubou a União Soviética, eu poderia derrubar a Rússia."

Algumas ilusões pode ter consequências dramáticas para o mundo inteiro ...



Ilha de São Luís - Mais dois assaltantes são linchados em Paço do Lumiar.

Foto - Whats App.
Desde a noite de ontem circula nos grupos de whats app, as fotos de dois indivíduos que teriam sido linchados ontem pelos moradores no Pindobal.  Hoje o “blog do cenário dos municípios”, relata que os mesmos foram executados na noite de ontem (27), por volta das 22hrs, os indivíduos eram suspeitos de cometerem vários assaltos, foram perseguidos e mortos, pela população da Pindoba em Paço do Lumiar. Segundo informações repassadas a rotina de suas práticas criminosas, deixava os moradores da localidade amedrontados, que  já não aguentavam mais os atos delituosos dos elementos linchados. 

Foto - Whats App.

Ainda segundo relatos de terceiros, os elementos, eram moradores do Residencial Novo Horizonte em Paço do Lumiar.  Importante lembrar que com este linchamento, sobre para quatro mortes de assaltantes somente esta semana em Paço do Lumiar. Como de costume, a polícia compareceu no local, e em seguida acionou o instituto médico legal (IML).

Matéria escrita com base em informações do blog - http://www.cenariodosmunicipios.com /2016/05/mais-dois-suspeitos-de-assaltos-sao.html

Rio de Janeiro - Ônibus são incendiados e base da UPP em Santa Teresa é alvo de tiros em ataques.


Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil*

A Unidade de Polícia Pacificadora Escondidinho/Prazeres, em Santa Teresa, sofreu ataques de criminosos na noite de ontem (27) e na manhã de hoje (28), de acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Foram disparados diversos tiros contra a unidade.

Segundo a Polícia Militar, duas equipes policiais foram atacadas em pontos diferentes da localidade e, durante os ataques, um ônibus foi incendiado na Rua Almirante Alexandrino, uma das principais do bairro de Santa Teresa. Posteriormente, outro coletivo foi incendiado no Rio Comprido, bairro vizinho.

Foto - Imagens da Internet

O policiamento na área da UPP foi reforçado com agentes de outras unidades e do Grupamento de Intervenções Táticas das UPPs, e os acessos à comunidade receberam policiamento do Batalhão de Choque e de batalhões vizinhos ao bairro. Mesmo asssim, disparos foram feitos contra a base da UPP na manhã deste sábado. Segundo a polícia, ninguém se feriu.

Foto - Imagens da internet
Tereza Cruz, integrante da diretoria da Associação de Moradores de Santa Teresa, disse que o coletivo de moradores vem tentando obter soluções para a questão da segurança junto à polícia, mas vê com preocupação a persistência do problema. "A gente faz reuniões com a polícia e, além de dizerem que não tem contingente, eles prometem uma série de medidas que não se verificam."

A Associação Sociedade Amigos do Morro dos Prazeres não atendeu aos telefonemas da Agência Brasil.

Ônibus - No início da tarde de hoje, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) divulgou uma nota de repúdio aos ataques a coletivos. Um levantamento da entidade contabiliza que, desde 2014, 135 ônibus foram incendiados, sendo 55 apenas nos últimos 12 meses. "Com isso, o Rio contabiliza uma média de um ônibus queimado por semana. O custo de reposição total dessa frota é estimado em mais de R$ 20 milhões."



*Colaborou a repórter Nanna Pôssa//Matéria atualizada às 14h01.


Edição: Talita Cavalcante.