Bem vindos ao Favela 247, novo projeto do Brasil 247, site que se tornou referencia na discussão da política brasileira.
Nós do Favela 247 temos como objetivo maior dar voz aos moradores dos territórios populares, amplificando o alcance das mídias independentes que já existem e que lutam para sobreviver.
Nós queremos com isso acabar com o estigma das favelas como lugar de carência e criminalidade, e sim mostrar as favelas como lugar de autodeterminação, potência cultural e produção de pensamento. E quando dizemos aqui favela, poderíamos estar dizendo periferia, subúrbio ou palafita. Começaremos no Rio de Janeiro, mas logo estaremos nos territórios marginais de todo o Brasil, mostrando que é a margem quem determina o curso do rio.
Desde a reorganização econômica do Plano Real até os governos progressistas de Lula e Dilma, as favelas passaram a ter não só potência cultural, mas também potência financeira. É só caminhar pela rua Teixeira Ribeiro, na favela Nova Holanda, da Maré, ou no Largo do Boiadeiro, na Rocinha, para ver um comércio pujante e uma economia em crescimento.
O Favela 247 também produzirá suas próprias matérias, utilizando num futuro próximo repórteres de origem popular que cubram o dia-a-dia de suas comunidades, sem a estigmatização e reducionismo tão comumente vistos na mídia tradicional quando ela discorre sobre territórios populares. Nós também trataremos, de forma crítica, do conteúdo sobre favelas produzido pelos grandes grupos de mídia.
Esperamos que nossa ferramenta seja uma arma importante para que o ano de 2014, tão importante por conta das eleições e da Copa do Mundo, seja transformado pelas mãos da maior parte da população brasileira, que são as classes baixas das grandes metrópoles, e que por tanto tempo tiveram sua voz abafada pela mídia, aparecendo apenas no futebol, no carnaval ou na página policial.
Na estreia, publicamos artigos importantes do cantor e compositor Sergio Ricardo, que reside no Vidigal sobre "Ser ou não ser favelado" (leia aqui), e de Luiz Barreto, presidente do Sebrae, que convida os moradores de territórios populares – já amplamente conectados – a serem ainda mais empreendedores (leia aqui), além de reportagens que traçam um balanço dos cinco primeiros anos das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs.
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