segunda-feira, 27 de maio de 2013

Morre o jornalista Roberto Civita, presidente do Grupo Abril.

Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil.
  Brasília – O presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e criador da revista Veja, Roberto Civita, 76 anos, morreu hoje (26) à noite em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês. A causa da morte não foi divulgada. Os sites da revista e do grupo Abril colocaram um aviso sobre a morte de Civita na manchete dizendo que: “[Civita] nunca se afastou do compromisso com o leitor e com o Brasil”.

Civita assumiu o Grupo abril nos anos de 1990, com a morte do pai Victor Civita. Nascido em Milão, na Itália, ele morou em Nova York, nos Estados Unidos, de 1939 a 1949. Em seguida mudou-se para para São Paulo. 
 
Depois de interromper o curso de física nuclear na Universidade Rice, no Texas, fez jornalismo e economia na Universidade da Pensilvânia. “Ninguém é mais importante que o leitor, e ele merece saber o que está acontecendo”, lembrava Civita, conforme o texto publicado no site de Veja

Não foram divulgadas informações sobre os horários do velório e enterro do empresário.
 
Edição: Lana Cristina.
 
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domingo, 26 de maio de 2013

Hungria destrói plantações geneticamente modificadas da Monsanto

Postado por Daniela Novais 11:09:00 25/05/2013.
 
Crédito : AP Photo / Mikhail Metzel
 
A Hungria destruiu quase 500 hectares de culturas de milho plantadas com sementes geneticamente modificadas da Monsanto. Segundo o secretário de estado húngaro e Ministro do Desenvolvimento Rural Lajos Bognar, na Hungria as sementes geneticamente modificadas estão banidas e proibidas. O país toma uma posição diferente de países membros da União Europeia (UE)como Portugal, e semelhante ao Peru que instituiu uma lei que bane e proíbe as sementes e alimentos geneticamente modificados por pelo menos 10 anos. 

Os quase 500 hectares de milho destruídos estavam espalhados pelo território húngaro e haviam sido plantados há pouco tempo, o que quer dizer que o pólen venenoso do milho ainda não estava a ser dispersado, conforme Lajos Bognar. Segundo ele, as buscas continuam, pois os produtores são obrigados a certificarem-se que as sementes que usam não são geneticamente modificadas. 

Os agricultores defenderam-se com a ideia de que não sabiam tratar-se de sementes OGM. Com a estação já a meio, é tarde demais para plantarem novas sementes por isso a colheita deste ano foi completamente perdida. E para piorar o cenário aos agricultores, a companhia que distribuiu estas sementes no condado de Baranya abriu falência o que impede que recebam compensação. 

Uma rádio regional revelou que as duas maiores produtoras de sementes geneticamente modificadas foram afetadas com este ato mas que existem milhares de hectares nestas condições. Durante a investigação os fiscais descobriram que a Monsanto havia injetado produtos da Pioneer Monsanto entre as sementes a plantar, possivelmente com o intuito de disseminar aquela cultura. 

Ainda segundo Lajos Bognar, o movimento de livre trânsito de produtos dentro dos estados da UE impede que as autoridades investiguem como estas sementes chegaram à Hungria, mas o governo húngaro quer certificar-se da validade das culturas em solo húngaro de agora em diante. 

As informações são da Portugal Mundial. 

Leia também:

Filtro de barro brasileiro é o mais eficiente do mundo.

Pesquisa indica filtro de barro brasileiro como mais eficiente do mundo para purificar a água

filtro de barro brasileiro
O ‘bom e velho’ filtro de barro brasileiro

Nós, brasileiros, temos provavelmente o melhor sistema de filtragem de água nas mãos. Nada de purificadores, torneira de cozinha com filtros, nem galões com água mineral. O melhor mesmo para limpar a água das impurezas é o bom e velho filtro de barro.

Segundo pesquisas norte-americanas, os filtros tradicionais de barro com câmara de filtragem de cerâmica são muito eficientes na retenção de cloro, pesticidas, ferro, alumínio, chumbo (95% de retenção) e ainda retém 99% de Criptosporidiose (parasita causador de doenças).

Os estudos relacionados ao tema, que foram publicadas no livro The Drinking Water Book, também indicam que esses sistemas de filtro de barro do Brasil, considerados mais eficientes, são baseados na filtragem por gravidade, em que a água lentamente passa pelo filtro e goteja num reservatório inferior.

Considerado um sistema ‘mais calmo’, ele garante que micro-organismos e sedimentos não passem pelo filtro devido a uma grande pressão exercida pelo fluxo de água.

O processo lento é o que o diferencia dos filtros de forte pressão, que recebem água da torneira ou da tubulação, os quais são prejudicados exatamente pela força da água, o que pode fazer com que micro-organismos, sedimentos ou mesmo elementos químicos, como ferro e chumbo, cheguem ao copo do consumidor.

Ainda de acordo com o livro de pesquisas, o consumidor precisa ficar alerta na hora de comprar esse tipo de produto, pois há tecnologias lançadas que não são eficientes e permitem a passagem de elementos perigosos para a saúde.

com EcoD

Matéria Lincada de:  http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/filtro-de-barro-brasileiro-e-o-mais-eficiente-do-mundo.html

Minas Gerais - PCC usa postos para lavar dinheiro.

Marcos de Moura e Souza. De Belo Horizonte

Autoridades de Minas Gerais começaram a investigar indícios de que criminosos ligados ao PCC, gangue criminosa de São Paulo, estariam estendendo seus negócios pelo território mineiro. As suspeitas são que pessoas do grupo estejam adquirindo postos de combustíveis no sul de Minas para lavar dinheiro.

No Estado de São Paulo, a prática já é conhecida das autoridades. Postos, juntamente com falsas cooperativas de transporte público em micro-ônibus e com imóveis, têm sido um meio a que o PCC vem recorrendo para legalizar recursos ilícitos.

"Nossa preocupação agora é o PCC entrar no Estado", disse ao Valor o promotor de Justiça Renato Froes A. Ferreira, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária. Segundo ele, o Ministério Público recebeu recentemente donos de postos da região reclamando de concorrentes vendendo combustível abaixo do preço e cujas suspeitas estão sendo investigadas.

Na Secretária de Estado da Fazenda, a informação é que na última operação contra esquemas de sonegação na venda de etanol, em julho na região no município de Campo Belo, no sul de Minas, surgiram suspeitas de que alguns postos já poderiam estar nas mãos do PCC.

Especializada no combate ao crime organizado, a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Beatriz Lopes de Oliveira, diz que a facção guardou em seus primeiros anos de atuação dinheiro obtido com o crime, em especial com o narcotráfico, em cofres escondidos em imóveis alugados, em veículos abandonados ou enterrados. Eram o que os próprios criminosos chamavam de "minerais".

Mas com a polícia fechando o cerco a esses esconderijos, o modo de operação foi se refinando e a lavagem de dinheiro passou a ser mais frequente. "Nas cooperativas de perueiros tem gente do PCC", diz, citando um ramo usado para esquentar o dinheiro. A compra e venda de imóveis é outro caminho utilizado.

"Começamos a verificar que uma das atividades que o PCC usa para lavar é a dos postos. Por quê? Porque é muito fácil fazer a troca de titularidade e porque a fiscalização é difícil", afirma a promotora. "Eles sempre usam o nome de um laranja, gente que não tem ficha, mas que também não tem mínimas condições econômicas para ser dona de uma posto".

Segundo ela, esse tipo de transação tem sido identificado não só na capital, mas também em cidades importantes do interior paulista como Campinas, Araçatuba e Presidente Prudente. "Tem postos que são adquiridos pela facção que são de grandes bandeiras e aí é que está a sofisticação", diz Beatriz. "Um posto de uma marca conhecida serve até de escudo mais eficiente para os criminosos do PCC."

Juntamente com a lavagem de dinheiro, continua Beatriz, o Ministério Público identifica muitas vezes nesses postos a prática da sonegação fiscal e da adulteração das bombas para ludibriar os clientes. Paulo Miranda, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), diz que o último mapeamento feito pelo sindicato das distribuidoras apontou que mais de 70 postos em São Paulo já são de propriedade do PCC.

Ele confirma que o alvo não são só os postos chamados "bandeira branca". "Às vezes, eles adquirirem um posto que tem um contrato de exclusividade de compra de 300 mil litros por mês de uma grande distribuidora. Colocam o preço na bomba lá embaixo e compram mais 300 mil de fora. Com isso, lavam dinheiro de assaltos a banco, do tráfico e ganham com a venda de combustível que vêm em caminhões roubados".

Segundo ele, as informações são partilhadas com MP e Secretaria de Estado da Fazenda. São Paulo tem o maior número de postos do país, cerca de 8,5 mil. Minas tem a segunda maior rede, com 4 mil.

Suicídio - Homem se mata com um tiro na cabeça em Imperatriz.

Corpo de Wesley no local da tragédia



Imperatriz. Um suicídio aconteceu na noite do ultimo sabado, por volta das 19 horas e 30 minutos no Buraco Fundo, calçada da Escola Municipal Wady Fiquene, em frente ao Campo do Jacózão.

Wesley estava bebendo com amigos no bar do tio que fica próximo a´Escola, ele estava com um revolver na cintura e teria dito para amigos na mesa que estava pensando em tirar cabo da própria vida por causa de um relacionamento que não estava dando certo.

A Vítima era morador da Rua Iracema, Bairro Nova Imperatriz, foi ouvido um tiro, a policia chegou ao local e encontrou um revolver calibre 38 na mão do suicida. depois mais informações e fotos da arma. 

Socializando conhecimento - IV. Dica de leitura "Movimentos em marcha: ativismo, cultura e tecnologia".

 
Pegando um email passado por um companheiro de rede do thackday, o Henrique Parra, resolvi socializar ainda mais esta informação, e disponibilizei aqui noBlog.

Capa do Livro
 Informamos que finalmente está disponível para download o livro "Movimentos em marcha: ativismo, cultura e tecnologia".  

A coletânea reúne mais de 40 textos que estavam espalhados pela web num debate muito instigante que aconteceu em 2011 com a Marcha da Liberdade, a ocupação da FUNARTE e o movimento de oposição à ex-ministra Ana de Hollanda.

A polêmica discutiu, entre outras coisas, a politização dos agentes culturais, a emergência da rede Fora do Eixo e o papel das novas tecnologias para os movimentos sociais. 

Entre os participantes, artistas, ativistas e intelectuais numa interação como há muito tempo não se via. 

Para quem tiver tempo, recomendo a leitura do começo ao fim, em ordem cronológica.

O livro foi organizado pela Silvio Rhatto, Pablo Ortellado e Henrique Parra, contando com o design e projeto gráfica da Anah Clara. 

Maiores informações e link para download: http://emmarcha.milharal.org


  ABAIXO OUTRAS POSTAGENS DO GENERO. 
 

sábado, 25 de maio de 2013

O jornalismo está sobre uma mina de ouro e não percebe.

Por Carlos Castilho em 23/05/2013. 

Não sabe ou não quer saber. Esta é a dúvida, porque informação não é o que deveria estar faltando na mesa de um repórter ou editor. A internet é um dos assuntos onipresentes na agenda de uma redação, mas por incrível que pareça uma das mais rentáveis áreas do jornalismo está sendo explorada, com muito sucesso, por não jornalistas.
 
A matéria-prima do jornalismo são os dados, fatos, eventos e processos que depois de contextualizados e publicados se transformam em informação, um bem que está sendo disputada a tapa por algumas das mais poderosas empresas do mundo financeiro, industrial, agrícola e comercial. 

E é justamente essa matéria-prima informativa que jaz inerte nos arquivos digitais ou físicos de empresas jornalísticas cuja sobrevivência está ameaçada por conta da crise no seu modelo de negócios.

O imenso volume de informações acumuladas pelas empresas jornalísticas é tratado como arquivo morto e não como insumo para sistemas de processamento baseados na teoria dos Grandes Dados (tradução literal do jargão Big Data), um dos mais revolucionários subprodutos da inovação tecnológica contemporânea. 

Grandes Dados é um conceito genérico para conjuntos de dados em volumes tão grandes que os números já não são mais capazes de representá-los de forma significativa. Trata-se de uma realidade nova criada pela avalanche informativa e que inexistia até o surgimento da internet e da digitalização. Uma realidade que está mudando nossos conceitos tradicionais de medição e avaliação.

Foi movido pela ideia dos Grandes Dados que um jovem empreendedor norte-americano, Bradford Cross, e o PhD linguagem computacional Aria Haghighi criaram o projeto Prismatic para garimpar informações jornalísticas, que já está no terceiro ano de funcionamento. 

Os dois chegaram ao Prismatic, acredite quem quiser, a partir do sucesso de um programa gratuito que prevê atrasos de voos comerciais nos Estados Unidos e que foi vendido, em 2011, por várias dezenas de milhões de dólares. Todo o desenvolvimento do programa custou 800 mil dólares.

Cross e Haghighi simplesmente pegaram dados públicos de vários milhões de voos domésticos e internacionais de companhias aéreas americanas durante os últimos 40 anos, e misturaram com outros milhões de informações meteorológicas e registros de centenas de aeroportos para criar uma megabase de dados de onde saíram previsões que deixaram boquiabertas as autoridades aeronáuticas, companhias de aviação, agentes de turismo e, principalmente, os passageiros. Foi um sucesso instantâneo de acessos pelo público.

Essa intuição ou faro por oportunidades alimentadas pelos Grandes Dados normalmente é aproveitada por quem não é do ramo, como afirmam os autores do livro Big Data, Revolution that Wil Transform How We Live, Work and Think, o professor Viktor Mayer-Schonberger e o jornalista Kenneth Cukier.  

Trata-se de uma questão cultural, porque os donos de grandes arquivos geralmente os acumularam com outros objetivos, aos quais se agarraram sem perceber que o entorno de seus negócios mudou.

É o caso, por exemplo, das empresas de cartões de crédito, que acumularam durante anos dados valiosíssimos sobre os hábitos de consumo de seus usuários mas estavam apenas preocupadas em administrar rápida e eficientemente o pagamento das contas. 

Há dois anos elas se deram conta da mina de ouro que haviam acumulado e hoje ganham tanto dinheiro comercializando as informações que já poderiam deixar de cobrar anuidades dos usuários, sem que seus orçamentos sofressem o mínimo baque.

As empresas jornalísticas possuem um registro de fatos, dados, eventos e processos nos mais variados campos da atividade social, econômica, política, cultural e esportiva em nível internacional, nacional, regional e local. Algo que ninguém tem e cujo valor é incomensurável. 

Só para citar um exemplo: caso um investidor desejasse iniciar um mega empreendimento no entorno de uma grande cidade ele poderia comprar de um jornal um informe com dados processados sobre a região escolhida num lapso de tempo de várias décadas, com um grau de certeza infinitamente maior do que um levantamento pontual. 

O investidor pagaria algumas centenas de milhares de reais pelo estudo e ainda sairia no lucro porque estaria evitando prejuízos de milhões caso o investimento esbarrasse em questões ambientais de longo prazo, por exemplo.

O problema está na cultura empresarial predominante entre os nossos executivos de empresas jornalísticas, em sua maioria herdeiros de tradições analógicas

Na luta pela manutenção de seu negócio acabaram inteiramente absorvidos pela dinâmica financeira, perdendo oportunidades óbvias que acabam sendo detectadas, em geral, por quem não tem nada a ver com o jornalismo.