segunda-feira, 13 de março de 2017

Espirito Santo. Câmara de Serra, aprova lei que proíbe plantio de eucalipto.

Cultivo de eucalipto da Fibria às margens do inacabado Contorno de Jacaraípe: empresa tem cerca de 2,5 mil hectares. Foto: Arquivo TN /Fabrício Ribeiro
A Câmara da Serra aprovou na noite da última quarta (09) o Projeto de Lei (PL), no mínimo polêmico, que proíbe plantações de eucalipto no território do município. 
O autor é o vereador Aldair Xavier (PTB), vice- presidente da comissão de Meio Ambiente da Casa. Para entrar em vigor, a lei ainda precisa da sanção do prefeito Audifax Barcelos (Rede).
O argumento do vereador Aldair é de que as plantações consomem muita água do solo e neste cenário de seca prolongado estaria mais prejudicando do que beneficiando a cidade, com impacto direto sobre as lagoas, córregos e rios.
Se aprovada, todas as plantações de eucalipto na Serra terão que ser erradicadas em até cinco anos. Caso isto aconteça, a maior prejudicada é a Fíbria (antiga Aracruz Celulose), que possui cerca de 2,5 mil hectares de plantios entre Jacaraípe e Nova Almeida, assim como mantém também outros 2,5 mil hectares de matas nativas na região. 
Questionado sobre o impacto econômico da medida, Aldair diz que os prejuízos gerados pelo plantio são maiores do que os benefícios. Subscrevem o projeto os também vereadores Boy do INSS (PMDB), Nacib Haddad (PDT) e Basílio da Saúde (Pros).
O prefeito Audifax Barcelos, disse, através da assessoria de imprensa, que não irá se manifestar sobre o projeto de lei antes que ele seja analisado pela Procuradoria e pela área técnica da administração municipal.
Já a Fíbria, também através de sua assessoria, disse que ainda não tinha tido acesso ao teor do projeto e por isto não iria se manifestar sobre o mesmo. Mas afirmou que as atividades das empresas são feitas dentro dos princípios de responsabilidade social e ambiental.

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