quinta-feira, 29 de setembro de 2016

São Luís. Governo erra a mão ao tentar ligar Wellington do Curso a facção criminosa.

wellington
A denúncia do deputado estadual Wellington do Curso (PP), candidato a prefeito de São Luís pela coligação “Por amor a São Luís”, dando conta de que ele estava sendo monitorado (reveja) abriu uma nova polêmica político-eleitoral nessa reta final de campanha na capital.
Logo após a revelação do pepista, o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry (PCdoB) utilizou-se das redes sociais para acusar o candidato de estar de um factoide para encobrir um suposto crime, qual seja: sua ligação com facções criminosas.
Isso mesmo.
“Factóide pra tentar esconder o apoio dele [Wellington do Curso] a manifestação organizada por facções criminosas hoje pela manhã”, escreveu o comunista, que seguiu na mesma linha em grupos de WhatsApp.
Mas que facções e que manifestação Wellington teria apoiado?
Explica-se: hoje cedo um grupo de mulheres, esposas de detentos, fez um protesto em frente ao Palácio dos Leões. Cobram melhor tratamento a presidiários e solução de problemas como a entrada de comida e visitas.
E onde Wellington entra nessa história?
O candidato diz que estava na praça para a gravação de um programa eleitoral e que no local também daria entrevista à TV Mirante porque a emissora cobre hoje a sua agenda de campanha.
Após o compromisso, conta Wellington, um grupo o convidou para fazer fotos. Houve declaração de apoio.
Não há registro de nada mais do que isso.
Foi o bastante para Jerry admitir, a partir daí, que o deputado está intimamente ligado a facções criminosas.
Errou a mão…
Em tempo: o caso parece muito com o que se tentou montar contra o atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em 2012, quando o acusaram de tentar montar uma milícia (reveja).
Em tempo²: o Governo do Estado já emitiu uma nota sobre o protesto das esposas dos detentos. Parece mais uma nota de comitê eleitoral (leia aqui).
Em tempo³: seria crime se alguém mais decidisse apoiar o movimento das esposas dos detentos?

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